Livro: "A Ditadura Algorítmica"

Democracia não se confunde com eleição. Não se resume a colocar boletins em urnas, porque há fases anteriores e mecanismos de condicionamento que definem a escolha. Logo, a ausência de fraude no pleito não isenta o sistema de disfunção, pois resta saber quem controla a fábrica de imaginário a direcionar o voto.
As redes sociais, justamente, funcionam como vasto campo de reeducação política: rastelam o espectro filosófico, ideológico e religioso por inteiro, tão só para afunilar todo mundo rumo ao mesmo ponto focal em questão de tempo. Insidiosamente, a bem da verdade. Porque o universo internauta cai plural e diverso na teia Google/YouTube/Facebook/Twitter para terminar invariavelmente engolido por uma gigantesca aranha globalista que reduz tudo a uma indiferenciada massa progressista.
Nem todos se deixam digerir sem relutância. Muitos esperneiam e resistem às enzimas ideológicas. Logo, o sistema não funciona sem falha. Contudo, concorre tendencialmente para o desfecho aventado, porque foi metodicamente concebido para tanto.
Remoção manual de conteúdo politicamente incorreto ou suspensão de conta chamam a atenção tanto pela visibilidade quanto pela frequência crescente. No entanto, é na manipulação dos algoritmos de busca que se deve procurar o segredo da tramoia, pois são seletivamente construídos para realçar meio mundo e deixar o resto no escuro.
As formas de proceder são variadas e tecnicamente complexas, mas se deixam explicar com simplicidade no plano dos princípios. Eis o que faz a presente obra em apenas 100 páginas de linguagem universal e concisa.