Livro: "A Grande Confusão: Reflexões Panfletárias sobre Ação Governamental e Teoria Monetária"

Uma grande confusão se criou na mente do Homo sapiens quando se trata de entender o significado e o papel do dinheiro e dos impostos, assim como das políticas fiscal e monetária, disto resultando a progressiva ascensão – nas últimas quatro décadas – dos Bancos Centrais e dos sistemas financeiros (inclusive os paralelos), em detrimentos do espaço outrora reservado às políticas de estabilização ou anticíclicas por via de déficits ou superávits dos governos centrais. Esta “nova” doutrina – que equivocadamente compara o governo federal a uma empresa, família, estado ou município; sugere que a austeridade do governo traz automaticamente a prosperidade; e demoniza os déficits públicos – não estaria aqui em relevo se não provocasse desnecessários sofrimentos à humanidade. Sobre esta temática, o livro procura não só assinalar pensamentos falaciosos como também destacar ideias que ajudem a entender, esclarecer a grande confusão. O autor procura destacar para o leitor o quão imprescindível e urgente é poder enxergar através do nevoeiro que nos impede de perceber onde de fato residem os elementos e as aferições da economia real; e o recurso utilizado para tal foi iniciar o livro com um cenário primitivo imaginário, estando ausentes mercados e dinheiro. Em etapas subsequentes, o escrito avança pelos territórios onde as economias evoluíram nos últimos milênios da civilização, procurando mostrar a lógica subjacente ao importante papel do Estado, destacadamente ao que corresponde hoje ao governo federal, mas também chamando a atenção para os riscos incessantes da ação pública ineficiente e/ou ímproba. Diante do início de mandato do novo presidente do Brasil em 2019, com uma agenda considerada neoliberal para a economia, o livro lança ao cidadão brasileiro o desafio de avaliar cuidadosamente cada passo e cada ingrediente da citada agenda. Quais deles estarão no caminho certo?