Este texto examina a literatura utópica do século XIX, abordando mais diretamente a sociedade imaginária idealizada por Etiènne Cabet, no romance intitulado Viagem a Icária (1842). Esta análise mais específica é precedida por uma breve introdução à literatura utópica desde o século XVI – recuperando comparativamente proposições de autores como Thomas Morus, Campanella, Francis Bacon, Fourier, Saint-Simon, e Robert Owen –, além de uma discussão teórica sobre os modelos de igualdade, neste caso considerando as reflexões de Norberto Bobbio e Amartya Sem sobre este tema. A obra de Cabet é abordada em seu contexto, e justifica-se por envolver uma ponte entre literatura e sociedade, uma vez que esta obra desperta grande interesse de leitores da época e mesmo a motivação para a realização de experiências utópicas específicas.
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