Livro: "A ilha do rei"

Reza a lenda que, quando a corte de Dom João fugiu da invasão napoleônica, o príncipe regente trouxe consigo para o Brasil, os seus tesouros… E, também, alguns segredos inimagináveis. Os cavaleiros de Cristo e os maçons ingleses se uniram para realizar a operação de guarda e transporte, antecipando a possibilidade de os franceses se apropriarem de seus objetos sagrados. Alguns diziam que os navios de carga nunca chegaram ao seu destino; outros, que o rei teria mandado construir um esconderijo subterrâneo na pequena ilha localizada na Baía de Guanabara – que os índios chamavam de Ilha Curva. Depois de tudo isso, a ilha ficou mais conhecida como a “Ilha do Rei”. O fato é que, lá, erigiu-se um palácio de veraneio para D. João enquanto ele e sua corte permaneciam na colônia. Com a queda de Napoleão, a corte retornou à Lisboa. O palácio e a ilha caíram no esquecimento. Ao longo dos séculos, o palácio ficou em ruínas. No entanto, lendas davam conta de que abaixo do solo havia uma casamata intrincada e cheia de armadilhas… Diziam que a maldição e o fato de a ilha ser assombrada colaboraram em igual medida para manter as pessoas longe daquele lugar. Exceto os caçadores de tesouros. Diversos aventureiros tentaram a sua sorte e falharam. Alguns deles morreram. A arqueóloga Mariana Aragão de Miranda tinha motivos para acreditar na existência do tesouro depositado nos subterrâneos da ilha, já que a sua Quinta-avó, Ignácia, deixou um diário pessoal contando tudo o que viu e ouviu, relacionado ao assunto. A relíquia foi passada de geração para geração. Durante toda a sua vida, Mari seguiu os passos de Ignácia. Fez da lenda a sua missão.