O livro traz reflexões sobre os conceitos de memória e história, e, a partir deles, analisa os usos da obra “Voluntários do Martírio”, um livro do baiano Ângelo Dourado, coronel-médico maragato que marchou na coluna de Gumercindo Saraiva e escreveu um dos mais ricos relatos sobre a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul (1893-95). Em suas andanças, o escritor narrou as aventuras da guerra, aquilo que viu e quis registrar, um verdadeiro retrato do momento histórico dramático em que estava inserido. Anos mais tarde, a historiografia utilizou seus relatos memorialísticos como fonte para a escrita da história da guerra que dividiu os gaúchos, transformando a memória em história.
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