Livro: "Aldeon"

Quem não gostaria de saber o que se deve fazer para conquistar uma maneira de se satisfazer no mundo. Essa parece ser a tarefa mais nobre do homem; aquilo que o caracteriza e por que é chamado de indivíduo, de único. Isso não deve ser um privilégio, mas algo comum e ao alcance de todos. Então o que justifica ser tão difícil essa tarefa. Isso não se refere ao que vem de nossas defesas em função do medo de enfrentar a verdade, a verdade de seu íntimo, mas também de unir-se à vida. Aldeon é um homem que tenta enfrentar essa labuta sob algo que não pertence à sua vontade consciente — como somos levados a acreditar —, mas e principalmente obedecendo à vontade de sua história, onde está incluída a necessária conquista do outro e de si mesmo, completando assim essas duas partes do todo humano. Certamente esse processo exige trabalho para realizá-lo; existem as barreiras que confrontam o desenvolvimento do ser que se investiga. As dificuldades para uns parece ser fácil ou mais ou menos fácil; para outros, extremamente difícil. De qualquer modo todos precisam abrir o seu espaço entre os viventes com a discordância, com o princípio da separação ou distinção daquilo que não é seu; depois o embate contra as forças que o impedem de continuar. Não havendo como derrotar a maioria, precisa fugir para o seu reduto e lá tentar se desenvolver ou se perder: é o risco. Por último, poderá vir a surpresa de ver-se nascer.