Livro: "Algumas Hipóteses"

Como disse o general romano Pompeu, navegar é preciso. Viver também é preciso, sermos felizes é necessário, sermos livres é imprescindível! Disse o gato que, para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho servirá. É verdade, mas para nós não servirão outros caminhos senão os que escolhermos livremente, porque sabemos, em geral, para onde queremos ir. Não há rotas exatas, no entanto, mas como viver é preciso, vivendo seguiremos navegando!Muitos preferem se fazer acompanhar de alguma divindade nesta viagem, outros não. Esta opção, no entanto, é para iniciantes. Há uma porção inteligente na natureza, a que desenhou toda a realidade, e esta porção, certamente, não é habitada por deuses. É, ao invés, um coletivo poderoso que trabalha a cada minuto bem à frente de nossos narizes, o tempo todo, dia e noite. Sua criação, longe de estar concluída, é uma grandiosa obra em plena construção bem à nossa frente, acima e abaixo de nossas cabeças, em todo o universo. Esta leitura vai lhe propor uma visão objetiva deste trabalho e da ação de seus arquitetos, um grande grupo de designers seculares. Amar como a nós mesmos? Bobagem, porque isto é impraticável. A palavra-chave da convivência sadia é outra, é respeito. Respeitar como a nós mesmos é a melhor atitude, porque todos merecemos respeito, inclusive o mundo que nos cerca. Isto é perfeitamente possível, além de ser muito gratificante. Aqui veremos que é possível vivermos livres do assédio e do jugo das tiranias, sejam as econômicas, as religiosas, as étnicas, políticas ou quaisquer outras, inclusive as imaginárias. Nossa espécie, no entanto, parece não se importar muito com esta possibilidade. Por conta disto, podemos estar com os dias contados. Talvez até já estejamos trabalhando em nossa própria substituição enquanto hipótese reprovada no experimento magno da criação. Boa viagem!