Livro: "Amor: Um Conceito Filosófico"

As filosofias analíticas atuais do amor romântico tendem a identificar a essência de tal amor com um elemento específico, como a preocupação com a pessoa amada, valorizando a pessoa amada ou a união entre os amantes. Este artigo tratará de diferentes formas da teoria sindical do amor que leva o amor a ser a união física, psíquica ou ontológica de duas pessoas. Primeiramente, essa teoria pode parecer implausível porque tem várias implicações contra-intuitivas, e ainda assim, eu afirmo, é mais coerente e atraente do que parece ser. Distinguir-se-á três modelos específicos e, assim, oferecer um relato diferenciado da teoria sindical que não foi previamente previsto na literatura (1). Afirma-se que dois desses modelos (o modelo ontológico forte e o modelo de luta) devem ser rejeitados (2). Defende-se então o terceiro modelo (o modelo ontológico moderado) contra certas possíveis objeções (3); mas, no entanto, concluirá que, mostrando como este modelo, também, enfrenta outras objeções significativas que, em última análise, expõem os limites da teoria sindical do amor (4). Em conclusão, esboçar-se-á os contornos de uma teoria não-redutiva do amor.