Livro: "Amores Mortos"

SINOPSE:

“Carrego a sombra de cada um de meus amores mortos. Conheci muitas cidades, principalmente as pequenas e pouco faladas. Durante muito tempo, a vida me levou entre elas, soprado pelos caprichos de amores ou empregos. Pousando aqui e ali com minhas mercadorias e meus contratos, pousando em busca de amores, exilado de minha gente, das lembranças de meu passado. Hoje sou feito desses retalhos. Para quem nasceu com o vento na alma não há melhor maneira de viver, pelo menos até que um dia você se farta, o vento para de soprar e você quer raízes, aí descobre que já não pertence a um lugar, que nunca vai ser de uma mulher. Esse foi o momento em que comecei a ver que seguia em frente, mas andava em círculos. Que não ia a lugar algum, mas corria em torno do meu rabo, como um cachorro obcecado, reencontrando lugares, pessoas e amores. É o que quero dizer quando falo da dificuldade em lidar com lembranças. Eu não conseguiria explicar mais do que isso, mais do que essa sensação vaga de um nada que me espreita pelas curvas da estrada.”
Com frases extraídas de ensinamentos de autoajuda e de aforismos de Nietzsche que Oswaldo Silva, o narrador bêbado e inconfiável de “Amores Mortos” tenta nos convencer que o seu comportamento é natural e aceitável. Sua pusilanimidade justificada por uma tortuosa lógica, na qual o passado nunca é mesmo superado, e as memórias, em vez de serem somente uma lição que arrastamos na vida, tornam-se um repositório de soluções requentadas, condenando o futuro a ser uma reedição do passado quando possível.
Oswaldo quer nos arrastar para dentro de seu redemoinho de paixões nunca resolvidas, onde um erotismo passivo e doentio obrigaria a agir como o cafajeste que é, aproveitando-se das pessoas, mulheres principalmente, para fazer avançar sua necessidade fisiológica por sexo e dinheiro. Porém, mais do que um aproveitador e um hipócrita qualquer, Oswaldo é um personagem digno de pena, vitimado por suas escolhas equivocadas. Ao se dirigir ao seu interlocutor imaginário e tentar justificar-se perante ele por sua incrível falha moral, o que Oswaldo realmente quer é solidariedade, solitário que é.
Isto torna o personagem desesperadoramente humano e frágil, raro e comum ao mesmo tempo. Embarcar na lábia sedutora desse maroto pode ser uma viagem fascinante à ingênua imoralidade desse mineiríssimo anti-herói, que só decide deixar de “comer quieto” tarde na vida e no amor, e mesmo assim somente porque nos quer ao seu lado.
Esta é um estranho romance, não recomendado para quem tem pudores, mas não tem saudades, mas adorável para quem tem muita saudade e nenhum pudor.

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