Livro: "APLICAÇÃO DE METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DE RISCO A SAÚDE HUMANA : POR ÓRGÃOS DE CONTROLE AMBIENTAL E PELO SETOR SAÚDE"

Estudos indicam que os primeiros indícios de poluição ambiental foi na pré-história, quando o homem se tornou sedentário. O homem desmatava as florestas, para que essas se tornarem campos de cultivo ou pasto para seus animais. Com o passar do tempo os poluidores do meio ambiente foram aumentando e ficando mais intensos.À medida que avançou a civilização, a especialização no trabalho aumentou e originou-se um grupo social, os artesãos, que se encarregavam de produzir os objetos de que a sociedade necessitava, como objetos de cerâmica, tecidos, armas etc. Até o final da idade média, devido às características e dimensões dos processos produtivos, ainda artesanais, as emissões contaminantes eram relativamente pequenas e atingiam principalmente os trabalhadores diretamente envolvidos no processo produtivo. A Revolução Industrial alterou a técnica produtiva, ou seja, os produtos deixaram de ser produzida a mão e passaram a ser produzido por maquinas, que permitiu uma produção em massa. Concomitantemente, foi a partir da revolução industrial que a poluição passou a constituir um problema para a humanidade. O grau de poluição aumentou muito com a industrialização e urbanização, e a sua escala, gradativamente, deixou de ser local para se tornar planetária. O conceito de “Áreas Contaminadas”, como sendo um local cujo solo sofreu dano ambiental significativo que o impede de assumir suas funções naturais ou legalmente garantidas, é relativamente recente na política ambiental dos países desenvolvidos, o mesmo ocorrendo no Brasil. Característica comum dessas áreas contaminadas é a situação sócio econômica dos moradores de seu entorno, geralmente pobres, sem grandes opções de vida, inclusive de moradia, sendo expostos de forma crônica aos mais diversos contaminantes, alguns altamente tóxicos. É neste contexto que, de forma diversa, foram sendo desenvolvidas legislações mais restritivas às emissões poluentes e, geralmente em função do nível da mobilização social, de metodologias de avaliação de risco das populações expostas às substâncias perigosas.A evolução deste processo até o desenvolvimento das metodologias de avaliação de risco por órgãos ambientais e do Setor Saúde e sua aplicação diferenciada em função dos objetivos propostos por cada área de atuação, ambiental e de saúde, que será o tema deste trabalho.