Livro: "Artigo Filosófico Sobre A Psicologia da Cognição Normativa"

Desde cedo, os seres humanos exibem uma tendência para identificar, adotar e impor as normas das suas comunidades locais. As normas são as regras sociais que marcam o que é apropriado, permitido, necessário ou proibido em diferentes situações para vários membros da comunidade. Estas regras são informais no sentido de que, embora por vezes estejam representadas em leis formais, como a regra que rege o lado do caminho a conduzir, não precisam de ser explicitamente codificadas para influenciar eficazmente o comportamento. Há regras que proíbem o roubo ou o quebra de promessas, mas também regras que regem a proximidade que é apropriado para alguém enquanto fala com eles, ou quão alto se deve falar durante a conversa. Assim entendido, as normas regulam uma vasta gama de atividades. Exibem variabilidade cultural nas suas receitas e proscrições, mas a presença de normas em geral parece ser culturalmente universal. Algumas normas apresentam características que muitas vezes estão associadas à moralidade, como uma regra que se aplica a todos e proíbe causar danos desnecessários. Outras normas aplicam-se apenas a determinadas pessoas, como as que delimitam vestuário adequado para membros de diferentes sexos, ou as relativas às expectativas e responsabilidades atribuídas a indivíduos que ocupam cargos de liderança. As normas que prevalecem numa comunidade podem ser mais ou menos justas, razoáveis ou imparciais, e podem ser sujeitas a críticas e mudanças.