Livro: "As Teorias Medievais da Modalidade"

Há quatro paradigmas modais na filosofia antiga: a interpretação de frequência da modalidade, o modelo de possibilidade como potência, o modelo de necessidades e possibilidades antecedentes em relação a um determinado momento de tempo (modalidades diacrónicas), e o modelo de possibilidade como não contraditório. Nenhuma destas conceções, que eram bem conhecidas pelos primeiros pensadores medievais através das obras de Boethius, baseou-se na ideia de modalidade como referência a alternativas simultâneas. Este novo paradigma foi introduzido no pensamento ocidental no início do século XII discussões influenciadas pela conceção teológica de Deus de Agostinho como agindo por escolha entre histórias alternativas.Embora a nova ideia de associar termos modais a alternativas simultâneas tenha sido usada também na teologia do século XIII, não foi frequentemente discutida em contextos filosóficos. A aceitação crescente da filosofia de Aristóteles no século XIII deu apoio aos paradigmas modais tradicionais, como se vê no influente comentário de Robert Kilwardby sobre o Prior Analyticsde Aristóteles, no qual asíllogista modal é tratada como uma teoria essencialista das estruturas do ser. Houve discussões análogas sobre modalidades filosóficas e teológicas na filosofia árabe. As teorias modais árabes influenciaram as discussões latinas principalmente através das traduções das obras de Averroes.