Livro: "Cauiré Imana, o cacique rebelde"
SINOPSE:
Os fatos que se sucederam entre o verão e o inverno de 1901 resultaram na morte de 13 frades e freiras italianos, além de gente da região – caboclos e cristãos –, em Alto Alegre, no município de Barra do Corda (MA). Calcula-se que pelo menos 200 pessoas teriam morrido no confronto. Há pesquisadores que estimam em 400 vítimas. O caso ocorreu em 1901.
Olímpio Cruz acreditava que, depois de Antônio Conselheiro, em Canudos (BA), a revolta comandada pelo índio Cauiré, no Maranhão, era um dos grandes destaques entre os movimentos nativistas brasileiros. O caso é especial porque a revolta dos índios ganhou cores mitológicas, permanecendo amalgamada de misticismo e ideias de liberdade. Mesmo após cem anos da tragédia, a história permanece no imaginário indígena.
Sobre o autorOlímpio Cruz nasceu em Barra do Corda (MA), em 20 de outubro de 1909, e faleceu em Brasília, no dia 11 de junho de 1996. Poeta, escritor e sertanista, é autor de vários livros de poesia, tendo escrito ainda o romance “Cauiré Imana, o cacique rebelde”, que inspirou um documentário de televisão sobre o que a mídia convencionou chamar de “O massacre de Alto Alegre”, ocorrido em 1901, quando índios promoveram um levante contra uma missão de frades capuchinhos.
O poeta dedicou grande parte de sua vida à causa indígena, tendo vivido 37 anos entre os índios Kanela, Krahô, Timbira, Guajajara, Krikati e Gavião, trabalhando no hoje extinto Serviço de Proteção aos Índios (SPI), órgão fundado pelo Marechal Cândido Rondon ainda nos anos 1940 e substituído em 1967 pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Por conta de seu trabalho como indigenista, após sua aposentadoria, foi agraciado nos anos 1980 pelo governo brasileiro com a Medalha Nacional do Mérito Indigenista, na categoria Pacificador. É o único maranhense detentor dessa condecoração, honraria até então concedida aos irmãos Cláudio e Orlando Villas-Boas. Seu trabalho rendeu estudos antropológicos, inclusive de cientistas e acadêmicos de universidades brasileiras e dos Estados Unidos, como do Instituto Smithsonian.
Olímpio Cruz foi membro da Academia de Letras de Brasília, da Academia Maranhense de Trovas e da Academia Barra-Cordense de Letras.
Da sua bibliografia, destacam-se os seguintes livros: * “Puturã”, poesias, edição do autor. São Luís, 1946. * “Canção do Abandono”, poesias, edição do autor, 1953. * “Vocabulário dos Quatro Dialetos Indígenas do Maranhão”, pesquisa. Edição da Secretaria de Cultura do Estado, Sioge. São Luís, 1972. * “Clamor da Selva”, 1978 (1ª Edição). Reeditado em 2015. * “Lendas Indígenas”, Editora Thesaurus. Brasília, 1980. * “Cauiré Imana, o cacique rebelde”, Editora Thesaurus. Brasília, 1982. Reeditado em 2017.
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