Um número crescente de estudos mostra que o advento da Internet transformou a vida organizacional do crime, com muitos artigos acadêmicos e não acadêmicos e relatórios descrevendo vários tipos de estruturas organizacionais envolvidas em crimes cibernéticos como “crime organizado”. Outros pesquisadores são mais críticos na aplicação do rótulo do crime organizado aos crimes cibernéticos. Esses debates não são meramente especulativos e escolásticos, mas têm um significado prático real, pois estimar o envolvimento do crime organizado pode atrair mais recursos (que podem acabar sendo alocados de forma menos eficiente), poderes legais adicionais e apoio do público em geral. Este estudo tem como objetivo aprofundar esse caminho de investigação, investigando se o avanço da narrativa do crime cibernético no Reino Unido pode ser identificado também no discurso da mídia. Mais especificamente, este estudo analisará a imprensa britânica para explorar até que ponto o “pânico moral” pode ser identificado, como os definidores primários usam táticas particulares e construções retóricas, e quais são as consequências dominantes.
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Autor: Mário Clive
