Livro: "Deus e o Fundamento da Moralidade"

Eu argumento que, se Deus existe, fatos morais dependem disso. Depois de distinguir uma variedade de maneiras pelas quais os fatos morais podem depender de Deus, concentro minha atenção no relato mais proeminente e mais bem desenvolvido da relação entre Deus e moralidade viz. Finite and Infinite Goods O relato de Adams consiste em duas partes — um relato de propriedades morais e um relato de propriedades morais axiológicas. O relato de Adams sobre propriedades morais é uma versão da teoria do comando divino segundo a qual a propriedade de ser moralmente certo (obrigatório) e a propriedade de ser moralmente errado são idênticas à propriedade de ser comandado por Deus e a propriedade de ser proibido por Deus, respectivamente. Eu argumento que, embora a teoria do comando divino de Adams não seja vulnerável a muitas objeções proeminentes que afligem outras versões da teoria do comando divino, sua visão é, no entanto, desmotivada e implausível. Em seguida, explico o relato de Adams sobre propriedades axiológicas, que é uma versão particular do que eu chamo de “particularismo avaliacional teístico”. De acordo com o particularismo teístico de Adams, a propriedade de ser intrinsecamente bom ou excelente é idêntica à propriedade de Deus fiel e holisticamente semelhante. Eu argumento que, como a concepção de excelência de Adams é tão ampla, há algumas coisas que têm a propriedade de ser excelente, mas não se assemelham a Deus. Eu argumento que o mesmo problema aflige outras versões modificadas do particularismo avaliacional teístico, incluindo uma que é defendida por Scott Hill e outra que é defendida por Mark Murphy. No entanto, argumento que este problema não aflige o que chamo de “particularismo moral teísta”, a visão de que a bondade moral é idêntica à propriedade de se assemelhar a Deus de certas maneiras especificadas. Além disso, defendo que, se Deus existe, o particularismo de valorização moral teísta não só é bem motivado teologicamente, mas pode suportar as duas objeções mais proeminentes que foram apresentadas contra ele, viz., a objeção de arbitrariedade e o problema da acrilistação divina.