Livro: "É UM PRAZER TE CONHECER, PARAUAPEBAS. CONTRIBUINDO PARA UMA EDUCAÇÃO CONTEXTUAL."

O trabalho do pesquisador, assim como o do historiador é árduo, melindroso, e às vezes requer um certo malabarismo frente às forças antagônicas das variáveis ou vertentes políticas, no sentido do risco de que não se “oficialize” a história, mas que seja a cara da verdade ou a história não oficial – que ficará às gerações como testemunho aberto no tempo a outros que continuarão a fazê-la, a escrevê-la. O teor deste trabalho representa a aglutinação do que já existia nos acervos do município, bem como a junção de novos capítulos ainda não inscritos nos anais da história local como forma de atualização, e, é claro, novas abordagens. Nesse sentido, pode-se dizer que o mesmo é uma obra social, sendo uma contribuição para a cultura e a informação do povo parauapebense e outros que dela precisarem; tendo como objetivo informar os órgãos educacionais, Poder Público, professores, alunos e sociedade em geral, tal como os migrantes acerca da história do município, sua origem, demografia, superfície (geografia), indicadores sociais, incluindo os símbolos municipais, hino, aspectos físico e socioeconômico. Apresenta também a cronologia das conquistas sociais, o contraste do seu desenvolvimento – frente à realidade social; os movimentos sociais, entidades ou sociedade civil organizada no município; o protagonismo juvenil e suas conquistas e o aspecto cultural no municipal. O histórico dos povoados Vila Sanção, Colônia Paulo Fonteles, Palmares II, Cedere I e do Assentamento Onalício Barros e outros assentamentos na zona rural.Verifica-se que a história de cada cidade não acontece num isolamento, como numa “ilha”, mas dá-se numa relação com outros contextos, dentro da dinâmica do que ocorre a nível regional, estadual e nacional. Foi dentro dessa análise conjuntural, tal como noutros municípios, que se configurou a história de Parauapebas. Ao verificar esse aspecto, senti a necessidade de desenvolvê-lo a partir da década de 60 e 70 na Amazônia. E, ao desenvolver tal abordagem, o gancho dos fatos foram conduzidos à outra ordem político-social e histórica inerente: Serra Pelada e Marabá (Cidade Mãe) – da qual Parauapebas era povoado. O relevante fato propulsor na história de Parauapebas inicia com a descoberta do grande potencial mineral de Carajás, e consequente chegada da C.V.R.D (Vale) – trazendo no poder dos royalties o desenvolvimento, a “enxurrada” migratória e um crescimento ascendente com suas variáveis positivas e negativas.
Por ser um material histórico e geográfico, necessitará de constantes atualizações. Pois história não é apenas o que passou, envolve também o presente que está em contínua dinâmica e transformação. E, por ser uma obra social, a mesma está aberta às críticas e correções para que seja melhorada e ampliada em segunda publicação, divulgação, edições etc. Espera-se, desse modo, estar fornecendo elementos para o conhecimento da história e realidade, para a ação dos governantes no município. Pois desenvolvimento se faz com planejamento, que se faz com informação. Pois, o poder de interferência e transformação da realidade vem do poder de informação que se tem da mesma. É o que define a filosofia do Positivismo de Augusto Conte “Conhecer para prever para prover”. Desta forma, é preciso, pois, conhecer a realidade social, índices e indicadores de necessidades, ou seja, desmascarar a realidade para que esta possa revelar os desafios a serem enfrentados no campo das políticas sociais.