Livro: "Eleição e o livre arbítrio: Uma Análise da Origem e Desenvolvimento da Teoria do Livre-Arbítrio e sua Inconsistência no Tocante a Doutrina da Eleição"

Neste livro propõe-se esclarecer verdades básicas sobre o debate histórico quanto à doutrina da eleição bíblica e à teoria do livre arbítrio. O autor inicia conceituando ambas as terminologias, ora citadas. Expõe o desenvolvimento do debate destacando seus proponentes e oponentes desde Agostinho e Pelágio; Lutero e Erasmo, até Calvino e Armínio. Por fim, ao discorrer sobre a importância do assunto argumenta-se sobre suas implicações quanto à ênfase na pregação do evangelho, certo de que se a ênfase for alterada os resultados também o serão. Em alguns momentos o livro apresenta-se como um combate frontal com o humanismo evangélico atual. Certamente as implicações quanto à negação ou desvalorização dessas questões doutrinárias pode conduzir ao pragmatismo, ao relativismo, e ao relaxamento doutrinário como se pode notar no evangelicalismo vigente. Na verdade a doutrina do livre arbítrio mata o evangelismo sério focado no evangelho de regeneração, no arrependimento e na fé salvífica, para dar destaque às “metodologias e estratégias” de “‘crescimento’ de Igreja” desprezando assim o “conteúdo” e a “essência do evangelho”.Talvez seja por essas razões que a doutrina da eleição sofre desde cedo ataques ferrenhos por parte de seus opositores. De qualquer forma como diz o autor, “a perspectiva defendida pelos líderes cristãos no tocante a doutrina da eleição necessariamente afetará quer positiva quer negativamente a vida da igreja. E, como alguém que se julga vocacionado para o ministério, o líder cristão não pode se omitir diante de tal situação sem que se torne transgressor ou desobediente à seu Senhor que o vocacionou para tal”.