Livro: "Ensaio Sobre A Estética de Goodman"

Nelson Goodman tem sido certamente uma das figuras mais influentes na estética contemporânea e na filosofia analítica em geral (além da estética, os seus contributos abrangem as áreas da lógica aplicada, metafísica, epistemologia e filosofia da ciência). Suas Línguas de Arte (publicada pela primeira vez em 1968 [Goodman 1976]), juntamente com A Arte e ilusão de Ernst Gombrich (1960) e A Arte e Seus Objetos de Richard Wollheim (1968), representa um ponto de viragem fundamental na abordagem analítica às questões artísticas na filosofia anglo-americana. A sua visão muitas vezes pouco ortodoxa da arte faz parte de uma abordagem geral do conhecimento e da realidade, e é sempre amplamente informada pelo seu cognitivismo, nominalismo, relativismo e construtivismo. Das Línguas de Arte e das obras subsequentes, surge uma visão geral das artes como contribuindo para a compreensão e, na verdade, para a construção das realidades em que vivemos. Em última análise, na opinião de Goodman, a arte não é nitidamente distinguida, em objetivos e meios, da ciência e da experiência comum. Pinturas, sonatas musicais, danças, etc. todos são símbolos que classificam partes da realidade para nós, como fazer coisas como teorias científicas e o que compõe o conhecimento comum e comum.