Livro: "Entrevistando Kardec VOL. VIII: ILUMINADO COM KARDEC"

Dores Físicas
A matéria é destituída de sensibilidade. Um corpo inanimado é insensível. Só o Espírito é que é susceptível de emitir e captar as sensações. A matéria se constitui, apenas, no veículo a transmitir as vibrações espirituais: do interior para o exterior, e vice-versa.O que se chama de dor física, outra coisa não é que a captação, pela matéria, de vibrações exteriores, cujas ondas, interpretadas pela sensibilidade espiritual, representam aspectos desagradáveis, em graus variados. Tais vibrações, embora se transmitam do exterior, também podem ter sua origem remota no âmago do próprio Espírito. Tristezas e preocupações, que produzem desequilíbrios nas ondas mentais, atingem a organização somática, causando doenças, que injuriam os tecidos. E os órgãos, através das células nervosas, conduzem essas mesmas vibrações para o cérebro, que sente, dolorosamente.O problema da dor tem sido estudado, exaustivamente, através dos milênios, e até se dividiu o fenômeno em dois grandes grupos: físico e moral. Sendo que só existe a dor espiritual, se a matéria não sente. E a válvula que regula tudo está na consciência profunda, reservatório de toda sabedoria, de causas e efeitos dhármicos e kármicos.O estudo da consciência profunda reserva-nos grandes surpresas. Até lá, é fundamental sabermos que a origem de todos os acontecimentos da vida espiritual, encarnada ou desencarnada, nela se escondem.Perenemente ligada, a chave de forças da consciência profunda regula as voltagens das correntes sensitivas, dosando-as, em consonância com as necessidades do Espírito, em sua escalada rumo à exteriorização do perfeito. Grosso modo, diga-se que o bruto sente pouca dor física, quase nenhuma moral. O mediano pode sofrer muito, de ambas as dores. E os puros, num salto, só sentem felicidade.