Livro: "Estudo Biográfico: Guilherme James"

William James era um pensador original entre as disciplinas de fisiologia, psicologia e filosofia. A sua obra-prima de 1200 páginas, The Principles of Psychology (1890), é uma rica mistura de fisiologia, psicologia, filosofia e reflexão pessoal que nos tem dado ideias como “o fluxo do pensamento” e a impressão do bebé do mundo “como uma grande confusão florescente e zumbida” (PP 462). Contém sementes de pragmatismo e fenomenologia, e influenciou gerações de pensadores na Europa e América, incluindo Edmund Husserl, Bertrand Russell, John Dewey e Ludwig Wittgenstein. James estudou na Escola Científica Lawrence de Harvard e na Faculdade de Medicina, mas os seus escritos eram, desde o início, tão filosóficos quanto científicos. “Alguns comentários sobre a Noção de Espírito de Spencer como Correspondência” (1878) e “O Sentimento da Racionalidade” (1879, 1882) pressupõem o seu futuro pragmatismo e pluralismo, e contêm as primeiras declarações da sua opinião de que as teorias filosóficas são reflexos do temperamento de um filósofo.James insinua as suas preocupações religiosas nos seus primeiros ensaios e em Os Princípios, mas tornam-se mais explícitos em The Will to Believe and Other Essays in Popular Philosophy (1897), Human Immortality: Two Supposed Objeções à Doutrina (1898), As Variedades da Experiência Religiosa (1902) e Um Universo Pluralista (1909). James oscilou entre pensar que um “estudo na natureza humana” como variedades poderia contribuir para uma “Ciência da Religião” e a crença de que a experiência religiosa envolve um domínio totalmente sobrenatural, de alguma forma inacessível à ciência, mas acessível a cada indivíduo.