Livro: "Estudo Biográfico: Hermann Lotze"

Rudolph Hermann Lotze (1817-1881) media a transição da exuberância do idealismo alemão, na primeira metade do século XIX, para o ethos sóbrio, erudito e científico que chegou a prevalecer na segunda metade. Ele adaptou a noção de “chefe” ou de definição de problemas nas subdisciplinas filosóficas, herdadas de Herbart, e trouxe abordagens opostas para suportar sobre eles, de uma forma quase sistemática, preparando o caminho para o livro moderno. Professor numa situação em mudança, caminhando para a centralização burocrática num Estado nacional abrangente, restringiu a sua atenção às questões académicas, apelando aos seus pares (mas não ao público) no agora crescente jornal profissional (mantendo um interesse vivo pelas coisas quotidianas). Dada a crescente quantidade de dados e a crescente importância das novas disciplinas em expansão, Lotze esperava preservar um lugar especial para a filosofia como uma investigação teórico de valor. A influência de Lotze foi de grande alcance e ainda não amplamente admitida ou bem compreendida. Embora tenha acidentalmente inspirado numerosos materialistas (e foi simultaneamente reivindicado pelos idealistas), a sua forte associação com certos pregadores tradicionalistas, por um lado, e movimentos teológicos liberais, por outro, desfocavam o seu interesse pelos revolucionários filosóficos do século XX, preservando simultaneamente uma linha contínua de influência subterrânea.