Livro: "Estudo Biográfico: Jorge Santayana"

Filósofo, poeta, crítico literário e cultural, George Santayana é uma figura principal da Filosofia Clássica Americana. O seu naturalismo e ênfase na imaginação criativa foram prenúncios de importantes voltas intelectuais em ambos os lados do Atlântico. Era naturalista antes do naturalismo se tornar popular; ele apreciou múltiplas perfeições antes do multiculturalismo se tornar um problema; ele pensou na filosofia como literatura antes de se tornar um tema nos círculos eruditos americanos e europeus; e conseguiu naturalizar o platonismo, atualizar Aristóteles, combater os idealismos, e fornecer um relato marcante e sensível da vida espiritual sem ser um crente religioso. A sua herança hispânica, sombreada pelo seu sentido de ser um outsider na América, captura muitas qualidades da vida americana perdidas por pessoas de dentro, e apresenta vistas iguais a Tocqueville em qualidade e importância. Além da filosofia, só Emerson pode igualar a sua produção literária. Como figura pública, apareceu na capa da Time (3 de fevereiro de 1936), e a sua autobiografia (Pessoas e Lugares, 1944) e o único romance (The LastPuritan, 1936) foram os livros mais vendidos nos Estados Unidos como seleções do Book-of-the-Month Club. O romance foi nomeado para um Prémio Pulitzer, e Edmund Wilson classificou Pessoas e Lugares entre as poucas autobiografias de primeira categoria, comparando-a favoravelmente às memórias de Yeats, A Educação de Henry Adams, e A Lembrança das Coisas Passadas deProust. Notavelmente, Santayana alcançou esta estatura no pensamento americano sem ser um cidadão americano. Manteve orgulhosamente a sua cidadania espanhola ao longo da sua vida. No entanto, como ele prontamente admitiu, é como um americano que os seus estilos filosóficos e literários devem ser julgados. Usando classificações contemporâneas, Santayana é o primeiro filósofo hispânico-americano