O consentimento é atualmente tratado como o núcleo da bioética. Na prática clínica, a doutrina do consentimento informado passou a dominar no decorrer do século XX. Substituiu um ethos médico fundamentado na confiança nas decisões dos médicos, muitas vezes na suposição de que “o médico sabe melhor”, por um ethos que procurava colocar os pacientes no comando de seus próprios cuidados. Na pesquisa médica, o influente Código de Nuremberg respondeu à crueldade dos experimentos nazistas que estipulavam: “O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente essencial”. Mas por que devemos exigir o consentimento informado, por exemplo, quando isso prejudica a saúde do indivíduo? Qual é o conteúdo, o escopo e o status desse requisito? Como o consentimento informado em bioética, o foco da presente entrada, se relaciona com o consentimento em ética sexual e ética comercial.
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Autor: Júlia Garcia
