Livro: "Fatias de vida"

Primeiro livro autobiográfico do Engenheiro Celso Collona Cretella, por qual nos permite o prazer de conhecer suas histórias pessoais e profissionais, entre elas sobre o Incêndio do Edifício Andraus, no Centro de São Paulo. Com narrativa fortíssima, cativa imediatamente o leitor e o faz devorar o livro em pouco tempo. Celso, em sua primeira obra, revela seu carisma e demonstra o quanto podemos ser corajosos dentre situações dramáticas e perigosas. Mesmo diante delas, usa da sua espirituosidade para nos contar em detalhes, sobre a cidade de São Paulo, numa época em que os costumes eram diferentes dessa nossa transloucada contemporaneidade. Super vale a pena a leitura! Além disso, Fatias de Vida II está já a caminho, com mais histórias interessantíssimas.
“Celso Cretella propôs-se a uma obra de avantajadas proporções. Produziu um livro de características originais e interessantes. Não se trata de auto-biografia propriamente dita, embora seja o retrato de suas vivências, desde a mais tenra idade até os dias atuais. Preferiu contar sua existência por intermédio dos mais variados acontecimentos que a povoaram. E isso torna seu texto extremamente vívido, agradável e palpitante. Há nele, frequentemente, uma tensão de suspense.” – Régis Affonso
Celso Colonna Cretella nasceu em São Paulo em 1937. Aos 11 anos enfrentou o terrível “exame de Admissão ao Ginásio” verdadeiro “vestibular-mirim” e logrou ingressar no saudoso e rigorosíssimo “Instituto de Educação Caetano de Campos” a famosa “Escola da Praça”, edifício existente na Praça da República, hoje ocupado por algum dos “paquidérmicos” serviços públicos.
Graças ao empenho dos pais ingressou na Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie e conquistou o diploma de Engenharia Civil em 1962. No 2° ano do curso começou a trabalhar em empresa de Estruturas Metálicas, onde permaneceu até se formar.
Após formado recebeu convite da empresa que viria a tornar-se recordista em construção de edifícios residenciais, na deliciosa Santos, a ARENA, onde participou da execução de dezenas de edifícios. A ARENA chegou a construir mais de 115 prédios em Santos, quantidade jamais igualada à época. De 15 engenheiros Celso teve o privilégio de ser o único a atingir o posto de diretor-adjunto.Lá se casou e teve três filhos. Permaneceu em Santos até 1970 quando o agitado mercado de São Paulo o atraiu de volta e o declinante mercado de Santos contribuiu para que Celso tomasse essa decisão.
Em São Paulo Celso permanece até, pelo menos, à publicação destas histórias, aos 78 anos e ainda trabalhando por absoluta necessidade. Nestes 54 anos de exercício diário da profissão atravessou – com vários “sucessos e insucessos, alegrias e ‘ferimentos’ – sete ou oito crises que atingiram nosso país, talvez jamais comparáveis à que se inicia ao findar de 2014, quando esta obra foi concluída, após dez anos de iniciada.
Essas alternâncias de mercado — associadas à característica de “generalista” (como sempre foi considerado) foram levando Celso a várias empresas e funções, destacando-se, além das já citadas: veplan (RJ), cia. cimento portland itaú (grupo votorantim), além de atuação como profissional, em gerenciamento de empreendimentos (três shoppings Centers), Perito Judicial, Diretor comercial, etc.