Livro: "Freedomulher!: Humor e erotismo com 14 poemas e ilustrações – Prologo da modelo Victoria H (!Freedomujer! Livro 3)"

PRÓLOGO DE VICTORIA HIPPIE -“DESNUDANDO MINHA ALMA”-O primeiro semestre de 2015 foi o momento de decidir uma das mudanças mais importantes da minha vida. Foi que abandonei definitivamente uma relação de casal tóxica de mais de uma década e ao mesmo tempo renunciei depois de 14 anos a um trabalho bem remunerado como socióloga de uma organizado internacional com base na Suiça. Me senti bonita novamente, alegre , em paz e reapareceu uma sensaçāo de liberdade que nāo havia sentido mais desde que tinha 17 anos, julgando ser uma hippie dos anos 60. O que eu nunca, nunca imaginaria é que neste verāo, viajando por Marruecos e com quase 44 anos, eu concordaria em posar nua para o poeta Enrique Piana.que utilizando minhas fotografias como base, criou 14 ilustrações para o seu novo livro Freedomujer . Brincando com suas palavras graciosas .-.não foi nada fácil me decidir ficar nua- Embora possa parecer uma piada, mais dificil do que decidir desnudar-me aos olhos artísticos de Enrique, foi cumprir seu pedido de escrever um prólogo para este livro explicando porque me desnudei frente a ele, frente a outras pessoas, e principalmente frente a mim mesma. Mas decidi contar aqui como foram esses acontecimentos insolitos que, pra mim hoje, são muito divertidos. Este ano, no mes de julho, decidi fazer uma viagem sozinha, para me distrair daquelas decisões tāo fortes. Nesses dias cheguei Marrocos e depois te percorrer várias cidades , terminei em Fez e na antiga medina que data do ano 800AC. O lugar me hipinotisou, agiu como um relaxante potente, permitindo-me ver claramente como minhas mudanças haviam chegado para ficar definitivamente. Havia viajado com uma mala de māo e quase sem roupa e decidi comprar uma nova mala de māo com reminecencias dos anos 60. Coisa que me permitiu começar a brincar comigo mesma. Sai da minha habitual vestimenta de executiva com cores neutras , bolsa e sapatos combinando, para me apresentar como uma hippie de pantalona pintada e sem maquiagem. Brinquei muito com isso enquanto ria de mim mesma como fazia nos meus 17 anos.Assim, vestida como uma hippie , foi que Enrique me viu passar pela primeira vez a rua, sem imaginar minha longa historia de uma vida repleta de estrutura, formalidades e muitos limites. Nos vimos um ao outro neste enxame de mulheres com lencos em suas cabeças e homens trajando tunicas quase ate o solo. Ambos nos reconhecemos imediatamente como vindos da mesma tribo ocidental e cristā. Depois encontrei Enrique Piana no “Café Safae” ,no beco principal da Medina de Fez. Eu tomava um cha doce com menta quase todas as tardes e foi ali que vi um homem de bigode escrevendo sempre com lápis em um pequeno caderno muito similiar a um diario que havia inicido meses antes. Um dia começamos a conversar, mesa a mesa, riamos muito quase sem nos conhecer, e esta conecçāo tāo natural e fluida me fez decidir ficar muito mais tempo em Fez. Passamos quase duas semanas juntos, caminhando, cozinhando em meu hotel e desfrutando de longas conversas. Ele me leu vários de seus poemas e me cativou a principio um deles que falava do amor a partir de uma olhada intima, de menino e ao mesmo tempo a partir do mundo da paixāo adulta. Com Enrique trocamos histórias de vida e coinscidimos em muitos gostos. Bukowski , Marc Chagall, sua música era la mínha, e o rarísimo poeta Sufí Hakim Sanai era dos dois.Varios temas a mais nos conectava interiormente no dia a dia.Mas sobretudo conseguimos nos abrir e falar de temas muito intimos e como eu nunca havia feito antes em minha vida com nenhama outra pessoas. Eu diria que ambos nos desnudamos naquele cafe de Fez.Me impressionou muito a vida de Enrique e sua maneira de ver as coisas, seu talento multifacetario e essa combinação de um homem muito refinado que podia conectar-se com os marroquinos mais humildes da rua. Meu coraçāo nesta etapa de minha vida estava receptivo a aceitas historias tão diferentes que antes nāo me permitiria escutar…(continue) VH