Livro: "Guerra de submarinos no Pacífico: a história da luta sob as ondas entre o Japão e a América durante a Segunda Guerra Mundial"

Os submarinos exerceram um impacto decisivo no desfecho do Teatro do Pacífico na Segunda Guerra Mundial. A frota de submarinos dos Estados Unidos, em grande parte, embora não exclusivamente sob o comando geral do vice-almirante Charles Lockwood, ultrapassou as linhas de abastecimento e o tráfego marítimo do Império do Japão. O ataque ao comércio deles prejudicou a capacidade do Japão de manter suas unidades de linha de frente abastecidas e de fabricar as armas, embarcações e veículos necessários para continuar a luta com sucesso.
Os Estados Unidos e o Japão produziram submarinos excelentes de alta tecnologia no contexto da era da Segunda Guerra Mundial. I-boats japoneses mostraram excelentes capacidades de navegação e ofereceram a versatilidade criada por seu grande tamanho, incluindo a capacidade de servir como naves-mãe para submarinos pequenos ou porta-aviões para aeronaves de reconhecimento ou mesmo bombardeiros especializados. Os torpedos Tipo 93 Long Lance e Tipo 95 que transportavam tinham força suficiente para afundar navios de guerra como navios de guerra e porta-aviões a distâncias de várias milhas.
Os submarinos americanos, embora menores, podiam mergulhar profundamente, mover-se rapidamente e fornecer poder de fogo e sobrevivência. Embora seus torpedos Tipo 14 e Tipo 18 não pudessem se igualar ao Tipo 93 japonês, eles ainda davam um golpe letal, principalmente após melhorias no final de 1943. O USS Archerfish demonstrou a letalidade dos submarinos americanos para os navios de capital japoneses também.
Os submarinistas de ambas as frotas mostraram imensa coragem, ousadia e habilidade no desempenho de suas funções. Ambos os grupos de homens exibiram agressão, patriotismo e espírito de luta em igual medida, independentemente das diferentes lentes culturais através das quais essas características se manifestaram. Ambas as marinhas produziram com sucesso oficiais submarinos profissionais altamente capazes.
Os japoneses, entretanto, decidiram usar seus submarinos principalmente para apoiar uma ação da grande frota em distâncias visuais, o que nunca ocorreu. Em vez disso, os submarinos realizaram ataques esporádicos e descoordenados e o resto do tempo permaneceram em serviço de sentinela ou viram seu tempo ser desperdiçado com corridas de suprimentos e evacuações submarinas.
Os japoneses nunca corrigiram esses problemas – provavelmente devido a fatores culturais. Os desordeiros americanos democráticos, desconfiados da autoridade e acostumados a se afirmarem, confrontavam seus comandantes ruidosamente quando sentiam que algo estava errado. O problema do torpedo quase causou brigas entre capitães de submarinos e almirantes, mas no final os almirantes examinaram e corrigiram o problema.
Embora constituindo apenas 1,6% da tonelagem total da Marinha dos EUA no Pacífico, a frota de submarinos infligiu perdas maciças à Marinha Imperial Japonesa e à crucial marinha mercante japonesa. Os submarinos afundaram 55% dos navios mercantes perdidos, ou aproximadamente 1.300 navios; no geral, os Aliados afundaram 77% dos embarques japoneses.
Os submarinos também afundaram 214 navios de guerra japoneses, incluindo 82 de 1.000 toneladas ou mais – 4 porta-aviões, 4 porta-aviões de escolta, um navio de guerra, 4 cruzadores pesados, 9 cruzadores leves, 38 destróieres e 23 submarinos – ou aproximadamente 30% de todo o Japão Imperial Marinha. A nave predatória e elegante feita nos estaleiros da Virgínia, Wisconsin ou estado de Washington devastou os ativos navais e de cargueiros do Império do Sol Nascente de forma desproporcional ao seu número, a um custo de 42 submarinos na “Patrulha Eterna”.