Cultura… mas afinal, o que é cultura? É mister saber o que significa a palavra “cultura”, que aparece 620 vezes neste livro e, sem exceção, em todas as suas páginas. Cultura para os sociólogos e antropólogos culturais é muito mais que apenas futebol, carnaval, capoeira, tambor de crioula, bumba–boi, samba e candomblé. Tendo um sentido muito amplo, cultura é tudo isso e muito mais. Sendo assim, para começar, o que vem a ser cultura e choque cultural? Alguém definiu cultura como sendo “a soma de conhecimentos, atitudes, padrões e comportamentos habituais partilhados e transmitidos pelos membros de uma sociedade em particular”. Para Sérgio Grigolleto, “Cultura é um conjunto de valores nos indivíduos de uma determinada sociedade”. É o modo de ser de um povo: sua maneira de amar, vestir, comer, dormir, falar, pensar, expressar, sentir, agir, reagir, cantar, dançar, trabalhar, estudar, rir, chorar, meditar, andar, agradecer, morrer, viver suas crenças, seus costumes, suas lendas, suas canções – ou seja, o seu folclore. É a idiossincrasia de cada povo, ou de cada pessoa que a faz diferente de todas as outras: no mundo, assim como não existem duas impressões digitais iguais, não existem também duas culturas ou duas pessoas iguais. Portanto, nada, nada mesmo escapa à cultura. A principal característica dos povos é a diversidade cultural. Assim, os japoneses, comedidos, não choram na adversidade, nem dão gargalhada na alegria. Os norte-americanos não têm por costume abraçar pessoas fora do convívio familiar, mas gostam de beijar: eles inventaram o beijo artístico no cinema. Por outro lado, os africanos gostam de abraçar, mas não aceitam – por uma questão cultural – o beijo na boca. Já na Rússia, o hábito de beijar é tão comum que até os homens russos se cumprimentam beijando na boca – sem serem obrigatoriamente homossexuais e sem nenhum envolvimento amoroso ou sexual, mas simplesmente cultural – como prova de companheirismo e grande amizade. E assim por diante… São essas diferenças entre os povos que criam nos seres humanos os conflitos culturais. Já o termo “choque cultural” é uma expressão que se popularizou no mundo antropológico a partir da década de 1950, quando foi usado pela primeira vez, através do renomado antropólogo canadense Kelvero Oberg (1901–1973), como sendo “a consequência do esforço e de uma ansiedade resultante do contato com uma nova cultura, que pode ir de encontro às regras sociais previamente acostumadas”, que serão abordados neste livro, tendo em vista que tudo aquilo que pensamos e temos certeza de que é certo em nossa cultura pode ser errado em outro lugar. O compêndio foi escrito para atender às exigências da lei 10.639, de 9 de agosto de 2003, acrescida da lei 11.645/2008, das questões indígenas, que instituem que todos os estabelecimentos do Ensino Fundamental e Médio, oficiais e particulares, tenham como disciplina obrigatória em seu currículo o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira.
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