O papel da intuição no relato da experiência de Kant recebe atenção filosófica perene. Neste ensaio, apresento o caso textual de que Kant também faz extensa referência ao que ele denomina “imagens” que são geradas pela imaginação. Além disso, como eu argumento, as imagens são fundamentalmente distintas das intuições empíricas e puras. Imagens e intuições empíricas diferem em como elas se relacionam com a sensação, e todas as imagens (até mesmo “imagens puras”) realmente dependem de intuições puras. Além disso, todas as imagens diferem das intuições em sua estrutura ou formato. Volto-me então para uma pergunta que naturalmente surge na visão resultante: se a imaginação produz imagens, e se as imagens são fundamentalmente distintas das intuições, então como as intuições se relacionam com a imaginação? Eu esboço razões para pensar que as intuições e suas características essenciais não dependem de nada da imaginação. Embora este ensaio não argumente decisivamente para esta tese, a visão resultante fornece um relato claro da distinção entre os sentidos e a imaginação na teoria da sensibilidade de Kant.
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Autor: PEDRO ROCHA
