Livro: "LUCY STONE: UMA VIDA SEM REMORSO"

Na rotunda da capital da nação, uma estátua homenageia três mulheres sufragistas americanas do século XIX: Elizabeth Cady Stanton, Susan B. Anthony e Lucretia Mott. Historicamente, a inscrição abaixo da estátua de mármore indica que essas três são únicas e incomparáveis. Na verdade, a estátua tem uma omissão flagrante: Lucy Stone. Líder fundamental na luta pela abolição e igualdade de gênero, suas conquistas marcaram o início do movimento pelos direitos das mulheres e ajudaram a estabelecer as bases para a eventual conquista do sufrágio feminino. No entanto, hoje a maioria dos americanos nunca ouviu falar de Lucy Stone.Sally McMillen se propõe a abordar essa omissão histórica significativa nesta biografia envolvente. Explorando sua vida extraordinária e o papel que ela desempenhou na criação de uma sociedade mais justa, McMillen restaura Lucy Stone ao seu lugar de direito no centro do movimento pelos direitos das mulheres do século XIX. Criada em uma família de fazendeiros de classe média em Massachusetts, Stone se convenceu desde cedo de que a educação era a chave para a independência e individualidade das mulheres, e foi estudar no Oberlin Collegiate Institute. Quando ela se formou em 1847 como uma das primeiras mulheres nos Estados Unidos a obter um diploma universitário, ela foi atraída para o setor público como ativista e rapidamente se tornou uma das oradoras mais famosas de sua época. Ministrando palestras sobre anti-escravidão e direitos das mulheres, ela foi fundamental na organização e palestrante em várias convenções nacionais sobre os direitos da mulher ao longo da década de 1850. Ela desempenhou um papel crítico na organização e liderança da American Equal Rights Association durante a Guerra Civil e, em 1869, foi cofundadora da American Woman Suffrage Association, uma das duas organizações nacionais de direitos das mulheres que lutaram pelo direito das mulheres ao voto. Abrangendo o casamento de Stone com Henry Blackwell e o nascimento de sua filha Alice, bem como suas amizades significativas com Frederick Douglass, Susan B. Anthony e outros, a biografia de McMillen pinta um quadro completo da vida e obra influente e eminentemente importante de Stone.
Modesta até o fim de sua vida, Stone não apreciou os holofotes da maneira como Elizabeth Cady Stanton, nem conquistou os muitos seguidores que Susan B. Anthony atraiu por meio de suas extensas viagens e anos de trabalho dedicado. No entanto, suas contribuições para o movimento pelos direitos da mulher não foram menos significativas ou revolucionárias do que as de seus pares mais amplamente elogiados. Neste trabalho acessível, legível e historicamente embasado, Lucy Stone finalmente recebe a posição que ela merece.