Livro: "MAÇONARIA E FILOSOFIA"

A Augusta Ordem Maçônica é uma instituição em que o pensar e filosofar é tarefa que requer todo o nosso interesse e reclama todo o nosso esforço. Em cada um de seus símbolos, em cada página de seus Ritos e em cada etapa da História Maçônica, tem-se sempre algum vestígio ou princípio de caráter filosófico. Não se pode ser maçom autêntico sem adentrar ao estudo da filosofia em todos os graus de qualquer rito.Perguntaram, certa vez, a um filósofo chamado Immanuel Kant: “Para que filosofia?” E ele respondeu: “Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações”. A primeira resposta às perguntas “O que é filosofia?” pode ser, pois, a decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido. Em outras palavras, distinguir o real do aparente.A filosofia começa dizendo não às crenças fanáticas e aos preconceitos do senso comum, e, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber. Por isso Sócrates, o patrono da Filosofia, afirmava que a primeira e fundamental verdade filosófica é dizer: “Saber que nada sabe”.Sócrates, Platão, Aristóteles e Kant podem ser considerados como os filósofos mais influentes do mundo e especialmente do Ocidente sobre os quais se apoia a filosofia no mundo ocidental. Embora é necessário entender que a filosofia grega é uma ponte entre o ocidente e o oriente. Talvez melhor fosse dizer que eles são os mais influentes na filosofia maçônica.Os três primeiros pilares Sócrates, Platão e Aristóteles que sustêm esse grande edifício que vem sendo construído interminavelmente há mais de 25 séculos, ou seja, mais de 2500 anos. Já o segundo Immanuel Kant, é um pilar que sustenta a filosofia Moderna e Contemporânea. Kant estudou durante toda sua vida da filosofia dos pré – socráticos até a sua época, fazendo uma crítica ao empirismo e à metafísica e no final de seus estudos fez a conexão filosófica necessária entre as duas correntes de pensamento. Daí surgiu dois grandes clássicos: “Crítica à Razão Pura” e a “Crítica à Razão Pratica”, além de inúmeros livros. Certamente Kant não se limitou a isso, mas discutiu e escreveu sobre: Religião, Fé, Sentimento, Direito, Política e Sociedade etc.