Livro: "Meditações de um Operador de Caixa: Crónicas criativas de um mal-humorado e ressabiado filósofo num emprego de operador de caixa"

O livro Meditações de um Operador de Caixa é um livro quasi-biográfico que se debruça sobre a atmosfera de alienação que é actualmente sentida pelos jovens licenciados na sociedade contemporânea. Metaforicamente sob a forma de crónicas irónicas de um ressabiado e mal-humorado filósofo num emprego de operador de caixa, Luís M. Inácio toca em temas como a identidade pessoal, espiritualidade, comunicação pessoal, a morte, relacionamentos humanos, a sociedade do marketing e publicidade, estilo de vida, entretenimento, entre outros temas.
Este livro que cont com os convidados, no Prefácio, de João Moreira (guionista, co-autor do “Bruno Aleixo”, co-apresentador “Anti Social”), e no Posfácio, de Ricardo Grácio (músico e filósofo), foi publicado através de uma campanha online de crowdfunding, realizada no site português “PPL – Crowdfunding Portugal”, em meados de 2014, onde obteve um enorme apoio.
Excerto: Capítulo 1 – Garantia«É de meu entender que Operadores de Caixa como eu, enfiadosnuma qualquer superfície (intra-, híper-, super-, ou mega-, -store, -mercado, ou- loja), são descriminados e olhados com desdém como sendo antipáticos, ausentes, planos e ocos. No fundo, uns autómatos que estão apenas ali para receber o dinheiro dos clientes (…), com um sorriso de orelha a orelha, incapazes de formular um pensamento coerente que não seja apenas a mera verbalização de “como é que pretende pagar?” no princípio da transacção, e “voltem sempre”, no final da mesma. Perguntar a um caixa (diminutivo para “Operador de Caixa”) sobre o “sentido da vida” é cometer um sacrilégio, arriscando-se a obter como resposta algo como (numa daquelas vozes robotizadas, desesperadamente tentando a semelhança à fluência de um discurso normal), “desculpe, mas digitou o código errado”.Ora, através deste singelo livro, venho aqui confirmar precisamente estas noções. Confirmar que nós, caixas, não temos mesmo nada na cabeça; que somos planos que nem uma tábua de engomar; que não temos profundidade suficiente naquilo que pensamos, à excepção das rugas do sorriso orelhudo; e que quando nos dizem algo de estruturado e significativo ouvimos apenas “Moedas moedas notas notas moedas. Moedas, notas notas moedas moedas…notas? Moedas moedas”.»
Testemunho verdadeiro (que foi inventado)«Este livro é uma meditação da ocupação quase diária de um Operador de Caixa. Uma meditação da vida, muito diferente da de um filósofo como Descartes. Esta não é a única companhia deste livro, claro. O autor para escrever este livro também passou tempo meditando com anjos, Buda e afins. (Ou talvez não.) Ainda assim, é uma épica meditação sobre a vida, feita por um néscio Operador de Caixa!» – transeunte anónimo
Sobre o autorLUÍS M. INÁCIO. Licenciado em Design de Comunicação e Filosofia, é escritor independente e conversador sobre ideias.
Autor do Meditações de um Operador de Caixa, um livro que mistura humor, pensamento e filosofia num conjunto de crónicas criativas e irónicas de um mal-humorado e ressabiado filósofo num emprego de operador de caixa.
Além de alguns ensaios no âmbito filosófico, enceta uma investigação independente no contexto da filosofia da mente e teoria dos sistemas, e escreve regularmente no blog Design da Mente sobre ideias, imaginação, criação e comunicação.