Livro: "Nenhuma Crença Nenhuma Fé: Vol. II"

A proposta da obra é dar continuidade ao primeiro volume, oferecendo referências não só válidas, mas também reflexivas para a negação da crença e da fé religiosas. Questionar se elas causam ou não a separação entre as pessoas, semeando a intolerância, a desunião e o conflito na Humanidade. Através de frases curtas, citações e perguntas que promovem a reflexão, o leitor é levado a ponderar sobre o que é bom para todos, empregando aquilo que lhe é inerente: a razão. Em várias páginas podem ser encontrados três símbolos de interrogação (???), indicando que se está diante de um questionamento apesar de ser uma afirmação, pois o que se quer é a ponderação. O livro adota um enfoque cético mas positivo que além de procurar manter a mente aberta, parte da premissa de que fazer o bem aos seres vivos, não lhes fazer o mal e não lhes prejudicar, não depende de ter uma fé religiosa.
São propostas inúmeras questões, por exemplo:
– Prevalece no mundo, dito moderno, a ideia generalizada de que, de alguma forma, a religião é a fonte das mais profundas intuições éticas. Mas se há respostas certas e erradas para perguntas éticas, não seria melhor buscar tais respostas dem si mesmo?
– É notório que a religião, que ditava os valores a serem seguidos pela sociedade, sofre na modernidade não só a perda da autoridade que tinha, bem como o esvaziamento progressivo de seu valor simbólico. A religião passa a não mais ser vista como a única fornecedora de sentido para a vida humana. É vista como uma possibilidade de sentido baseada no mito, na superstição e no sobrenatural.
– A história mostra que todas as ditaduras, políticas e religiosas, sempre viram no questionamento um grande inimigo. Fizeram de tudo para que este sopro de vida fosse sufocado e perseguiram todos aqueles que não aceitavam sua tirania e manipulação.
São reflexões como essas que você vai encontrar a cada página, que pretendem questionar as suas convicções. O que se quer, é que você pense por si mesmo e não como o autor pensa. Trata-se de uma excelente oportunidade para exercitar a dúvida saudável, que leva ao esclarecimento ou a desconstrução daquilo que é potencial ou inegavelmente nocivo.