Livro: "Nossas Copas O Mundo do Futebol: Copa 1994"

Quem foi aos Estados Unidos para assistir a esta Copa do Mundo, viajou no Cruzeiro Real e voltou no Real. Era tempo de mudanças na história e na economia do Brasil. A Copa começou no dia 17 de junho e o Real, a nova moeda, que nasceu para ser forte, entrou em vigor no dia 1º de julho.O Brasil se acomodava depois de uma enorme turbulência, grande o bastante para derrubar o presidente da República – Fernando Collor de Mello –, o que iria caçar marajás e acabou cassado. Tempos em que as cidadanias foram exercidas; os jovens pintaram as caras e saíram às ruas; direitos foram exigidos. E, pela força mais forte e mais legítima que existe – a legalidade –, lá se foi o tal presidente da República.Nestes anos 90, nossa Seleção foi dirigida pelo confuso Sebastião Lazzaroni na Copa da Itália, de triste memória; depois veio a experiência, também infeliz, com Paulo Roberto Falcão; Ernesto Paulo dirigiu-a uma só vez, até que, no dia 30 de outubro de 1991, Carlos Alberto Parreira estava de volta. O que não quer dizer que ficou tudo às mil maravilhas, pois sofremos um bocado para nos classificar. Nossa classificação só veio no último jogo, contra o Uruguai, no Maracanã, com dois gols de Romário. Logo ele, que Zagallo, Coordenador Técnico, não queria convocar de forma alguma por considerá-lo irresponsável.A Copa na terra do Tio Sam, num calor insuportável, teve público recorde, jogos sensacionais, personagens fascinantes. Emoção em cima de emoção. Mais uma vez, ao lado do jornalista-publicitário-pesquisador Silvio Natacci, fomos buscar, na poeira do tempo, informação por informação para montar este projeto da On Line Editora. Preservando o passado, estamos vivendo o presente e preparando o futuro. Agora, somos quatro vezes Campeões do Mundo. Tetracampeões! Viva e reviva estas emoções.