SINOPSE:
A notável obra é apreciada no tempo em que se fazia justiça de forma cruel. Quaisquer argumentos de que o fim justifica os meios é, portanto, tarefa dos intransigentes. Pois, em ordem de pensamento reflexivo não vislumbro real intenção de objetivamente limitar o fato de causar dor e danos, mas sim, de ensinar a manter o poder de forma que o fim seja a melhor opção, dado os meios no qual se vive.Em tais apontamentos, tenho por mim, que naqueles tempos, em que o sentimento de ódio poderia reportar à grandes inconvenientes, poucos teriam agido de outra forma. E, pelos relatos, tais pessoas que assim agiram foram mortas.Em meus argumentos não remonto à concepção dos crimes existentes, até mesmo porque os crimes ocorriam quando não se existia poder. Na obra, reiteradas vezes menciona-se que a desorganização do Estado era o mesmo que manter latrocínios aterrorizantes, ao ponto de que um homem cruel poderia organizar a ordem do Estado.Não longe disto, a concepção de ordem na época foge até mesmo do âmbito dos exércitos para o povo, como bem poderia ser o contrário. E por isso, nota-se que o sistema criado era de fato adaptável por meio das políticas do “principado”. E, aqueles que se demonstravam mais organizados, inclusive sob a funcionalidade de dar ordens, estabelecer hierarquias e normas que limitassem o poder, tiveram mais facilidade em não ser odiados.Até pouco tempo as escolas públicas foram objeto de questionamento, a elite destacava-se por ter educação particular do preceptor. Logo, o acesso à cultura daquela época seria tão questionável quanto foi à pouco tempo, de tal forma que a instrução e o conhecimento teórico também mudaram de propósito.Neste sentido, e para a época, entendo que não se tratava de justificar os fins pelos meios, mas o sistema de domínio de territórios era o que se tinha e até mesmo casamentos arranjados eram representações das práticas econômicas da época. Hoje, temos que a concepção de uma real legitimidade das propriedades, ao ponto que toda forma de centralizar o poder na mão de um único poderoso é de fato opressiva, se não o fosse certos monopólios não seriam vedados.Diante disto, pode-se comparar o que é possível, preocupar-se com o que tem solução, e confortar-se no que não tem solução. Ao passo, que a apresentação desta reescrita simplificada e de certa forma comentada, não foge da necessidade da auto-sugestão de Feynmann, autocrítica de Augusto Cury, e crítica pela metodologia dedutiva própria do livro, a fim de que fortaleça argumentos e não seja um ponto final.Em verdade, para mim, é um ponto de partida para mais formações de ideias políticas. Para tanto, o bom Maquiavel é de fato uma analogia ao conhecimento que pode nos proporcionar, cabendo à cada um retirar o que de fato lhe agrada e o que de fato não lhe convém.Em tal virtude é primordial que receba, e sobre o que não tem interesse apenas não receba no pensamento. Os dados da vida são assim, amorfos, e somente se concebe aquilo que entra de fato em seu propósito, em seu espírito, se não o fosse o Tristão de Athayde não nos remeteria à nossa boas-aventuras do material para o espiritual, e claro, por meio do conhecimento.Sendo um propósito ruim ou bom, não cabe à mais ninguém o conceber como um fim em si mesmo, afinal, o fim é o melhor contato com Deus. Afinal, muitas coisas boas e ruins, fazem-se de propósito. O verdadeiro desafio é conviver com as escolhas, e se possível aprender com elas, pelo erro ou pelo acerto, digo, aprimorar-se ou corrigir-se.Em síntese, quem você escolheria para direcionar a sua vida? Em particular, escolho Deus. Ainda, jovem rumo à constituição de família, distante da intransigência causada pela arborescência narcisista e pela conquista da própria aprovação, busquei de forma pouco confiante por nunca tê-lo feito, mas sem nada a perder, enfrentar meu entendimento sobre o pensador. E ao enfrenta-lo, encontrei um bom Maquiavel.
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