Livro: "O Brasil Revisado: No Olho do Furacão!"

Diante das manifestações de junho de 2013, e muito antes disso, vi a necessidade de editar este livro. Há vários artigos, todos de minha autoria, sobre temas diversos. Escolhi os mais relevantes, neste momento — penso em escrever a segunda edição —, tão conturbado que vive o nosso país.O Brasil possui potencialidades naturais, a economia nunca foi péssima, mas, sim, como se conduziu, e como se conduz, a economia, isto é, os destinos dos impostos arrecadados pelo Poder Público. Infelizmente, o desenvolvimento brasileiro sempre privilegiou as elites brasileiras, fato. Por séculos, se cunho a ideia de que os párias [negros e brancos, sem “sangue azul”] não passavam de servos diante dos deuses [aristocracia e oligarquia]. No início do século XIX, o darwinismo social e a eugenia, sendo esta institucionalizada pela Constituição de 1934.O Golpe Militar, de 1964 a 1985, aconteceu por pressão externa. Em 1962, a Crise dos Mísseis, os mísseis nucleares soviéticos que estavam sendo transportados para os EUA, desencadeou uma panaceia [Guerra Fria], talvez, pior que a Segunda Guerra Mundial. Milhões de mortes em nome de ideologias políticas. O Brasil [Golpe Militar] teve que decidir de que lado ficaria, da URSS ou dos EUA. Como lógica, por estar perto dos EUA — não seria nada sensato brigar com uma superpotência próxima do Brasil, muito diferente da URSS —, o Brasil preferiu o Capitalismo.Não se pode esquecer de que os EUA criaram uma propaganda ideológica anticomunismo. O Capitalismo, então, era a salvação da humanidade. O estado Liberal representava a solução para todas as mazelas da humanidade. Fracasso total. Numa nova tentativa surgiu o neoliberalismo. Promessas, e mais uma vez o fracasso. Não cabe mais, neste e nos próximos séculos, defesas ferrenhas sobre qual melhor política, se Capitalismo ou Socialismo. Ambas podem conviver juntas, de forma que a humanidade não pereça pela ganância, pela destruição da flora e da fauna.
Como dizia Darcy Ribeiro:“Dizem, também, que nosso território é pobre – uma balela. Repetem, incansáveis, que nossa sociedade tradicional era muito atrasada – outra balela. Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte e edificamos cidades majestosas como o Rio, a Bahia, Recife, Olinda, Ouro Preto, que eles jamais conheceram”.