Livro: "O Ego e o Céu"

Todos carregam dentro de seus complexos estelares uma esfera gigantesca. É o nosso eu mais profundo e belo. Acreditem, vivemos em uma linda esfera de luz dourada, no entanto, ninguém vê a luz, nem o sol que irradiam. Quando sentimos tristeza, a esfera deixa de piscar, por milésimos de segundos, para logo em seguida acessar o andar de cima, e recuperar a sua energia vital. Lembrem-se, somos do céu, jamais da terra, e, durante a noite enquanto dormimos, nossos céus se enchem de luzes de todos os matizes. São nossas esferas subindo, acessando outros mundos, se reunindo com outros homens e mulheres, em todo tipo de relacionamento, como se a vida pipocasse no espaço, em turbulência constante. E o espaço é exatamente isso que vemos através dos telescópios gigantescos. Um lugar onde a vida se agita numa movimentação alucinante. Nós, como partícula atômica, não poderíamos ser diferentes. Temos podido ver com os olhos o que a ciência descrê, mas jamais poderemos antecipar o que ela ainda não comprovou. E, se a ciência precisa ver para crer, esperemos por ela, pois os olhos da carne ainda não estão preparados para a ciência do futuro, a ser vista pelos olhos do espírito……quando o nosso raciocínio se expandir, ao ponto de podermos nos aproximar realmente, acreditem, aí sim, nossos mundos poderão se auxiliar de forma recíproca, como se fosse um intercâmbio internacional. Antes não. Assim como há guerras entre as Nações, uma provável admissão de mundos paralelos também poderia deflagrar guerras inconcebíveis à nossa imaginação. Acreditem, enquanto formos alvos do orgulho e do egoísmo, não poderemos alcançar a humanidade universal que tanto sonhamos. ..Vivemos constantemente irados, percorrendo todos os trajetos ao mesmo tempo. Não temos muitas escolhas na vida quanto as dificuldades, que podem ser classificadas, em menores e maiores. Porém, a paz não cataloga nada, se apresenta serena e augusta. Não tira do sério em momento algum, e acima de tudo nos lustra. O sentimento da paz deixa nossa pele aveludada e quando exaramos o ar para fora dos pulmões se instala sob tudo, deixando de nós um pouco. Assim é, quem a detêm não a possui unicamente para si. Ela é semelhante as outras virtudes do coração. Nos modifica integralmente, para após modificar os que nos rodeiam.