Livro: "O Homem Que Não Tinha Fim: Novela de [maus] costumes"

SINOPSE:

A obra conta a história íntima, entre paredes ou dentro de um carro, de um casal poderoso de quem só se conhecem suas aparições públicas, somente aquilo que um marketing bem elaborado escolhe mostrar. Com o livro, entra-se em uma possível intimidade do casal, a qual não seria ficcional apenas se o Autor vivesse com eles ou dispusesse de fontes internas, domésticas.Na verdade, porém, trata-se de um romance sobre a insondável solidão do Poder, a qual se aprofunda na mesma medida em que esse Poder se vai esvaindo inapelavelmente, seja de forma natural ou politicamente acelerada. Afinal, a realidade sempre ruge lá fora.“O Homem Que Não Tinha Fim” conquistou o 1º lugar e Prêmio Especial do Júri no concurso de âmbito nacional Prêmio Octavio de Faria de 1993, promovido pela União Brasileira de Escritores (RJ), inscrito na ocasião sob o título “A Realidade Que Ruge Lá Fora”. Presidia a comissão julgadora o escritor Paulo Amador, que se entusiasmou pela obra.Outra distinção alcançada pelo livro veio nas palavras de Enio Silveira, editor da Editora Civilização Brasileira, em carta datada de 15.01.1993:“Meu caro Amilcar: fiquei à espera de melhores tempos para ver se conseguia convencer o Conselho Administrativo da CB (que controla com a necessária firmeza a aplicação dos nossos recursos financeiros) a me dar o sinal verde para a inclusão de seu romance O HOMEM QUE NÃO TINHA FIM em nossa programação para 1993.“(…) não haveria sentido em manter a sua [obra] em espera indefinida.“Lamento muito, ainda mais que o seu novo romance tem força, boa forma e muita oportunidade. Espero (e desejo) que você consiga logo estabelecer com outra editora um contrato que lhe assegure rápida publicação.”A primeira versão do livro, com 120 páginas, foi escrita em 12 dias. Na verdade foram 15, mas o PC do Autor quebrou e ficou sem funcionar durante 72 horas, tempo em que o romance esteve parado. Depois de 21 anos de trabalho em uma multinacional, recém-demitido por um desses famigerados PDI – Plano de Demissão Incentivada, o Autor tentava reorganizar sua vida mas encontrava dificuldades para se planejar dado o trepidante noticiário da época, recheado de escândalos e corrupção. A Rádio Jornal do Brasil AM, sintonizada em sua casa quase 24 horas por dia, trazia-lhe excelente música e um panorama primoroso e crítico sobre os acontecimentos do País.Desta forma, como não conseguia escapar à realidade avassaladora, o Autor decidiu valer-se dela como fonte de inspiração para um novo livro.O romance, escrito entre setembro e novembro de 1992, permaneceu rigorosamente inédito até o momento desta publicação, e é aqui apresentado em seu texto original, o mesmo que lhe valeu o prêmio da UBE/RJ em 1993 e as considerações elogiosas de Enio Silveira, o mítico editor brasileiro.

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