Livro: "O INCONSCIÊNTE DE DEUS"

O tempo é relativo. Já há muito o sabemos. O que esta história vai demonstrar de uma vez por todas é que ele também é paralelo e ocorre nas vidas, nas mentes, na alma e nos espíritos das pessoas; além de terem,estas mesmas, uma incompleta percepção deste. Temos consciência de que vivemos, que pensamos e nos relacionamos com o outro. Seja com umoutro homem, irmão ou inimigo, seja com as nossas mulheres, animais de outras espécies que não a Homo. S. Sapiens, ou mesmo com as plantas; estas nossas interações não são de todo de nós descobertas, mas simveladas pelo tênue, mas forte manto da inconsciência.Parecerá incrível ao leitor que eu tenha feito esta descoberta. Mas de fato eu a fiz. Este tempo paralelo tem uma incrível particularidade de se desdobrar da seguinte forma. Ele ocorre no “passado – antigo” e no“moderno – futuro”. Conceito que parecerá a princípio difícil de assimilar, mas de explicitação facílima.Vivemos nesta história, como em duas pastas de arquivos de computador. Sendo uma delas a vida de um clássic solteirão, rico, literato, musicista,pintor, filósofo, teólogo tudo o mais que se possa pensar. Um polímata. Um homem renascentista, um Leonardo moderno, que tem ou teve a história desua juventude e maturidade vivida junto com todos os seus contemporâneos humanos ou não, no final do século XIX a meados do XX: eis nossaprimeira pasta. Ao seu lado, na outra, vivem ou viveram também, ao mesmo tempo que ele todas as outras pessoas, e demais criaturas, em um anoabsurdamente distante no futuro.Uma coisa muito importante notar para que esta história seja inteligível é que pelo fenômeno de paridade determinado nesta breve introdução, estasduas pastas se comunicam no tempo, interagem, adentram ou se retiram uma da outra. E, agora, peço a complacência do leitor queainda não podesaber do que aqui revelo, para que continue a leitura depois de eu lhe por ciente disso, e não atire fora este livro antes de percorrer com seuscomplacentes olhos toda a narrativa, julgando no previamente como se produto fosse de uma mente insana ou mesmo demoníaca. Mas esperem asucessão dos fatos. Que absurda revelação é esta tão inusitada que precisa ser tão preparado o espírito do leitor? É algo simples e fantástico ao mesmotempo. É a circunstância de que neste futuro tão à frente e no qual o narrador vive, ali, no dia a dia, andando, fazendo compras, conversando com amigos e com seu médico, tomando tranquilamente seu vinho prediletodegustando às vezes, quando a sorte lhe sorri, duas de suas guloseimas prediletas, café com bolo e pão dormido torrado com manteiga na frigideira;está, enquanto somente gerencia o sucesso de um universo pleno de paz e tranquilidade daquela época, Ele, o próprio Deus, em pessoa.