Livro: "O NÚMERO NOVE NA CASA AMARELA"

O Número Nove na Casa Amarela de Davi Salles – Um livro comovente que conta a extraordinária história de uma criança em busca de respostas, que vai nos levar a um passeio pueril por caminhos surpreendentes e súbitos, onde a resposta encontrada para toda a trajetória é o amor de filho e pais. A história transcorre na casa de número NOVE, de cor amarela onde vive uma garotinha chamada Tirce Cristina, prestes a fazer NOVE aninhos. Ela tinha uns amiguinhos colibris que tinha um nome carinhosamente dado por ela: Ligeirinho, Azulão e Sobe e Desce. Tirce não era filha biológica do casal que a criava desde quando ela ainda era um bebê. O belo jardim da sua casa era povoado não só por encantadores beija-flores, mas também por muitas borboletas, e dentre tantas que lá passavam, havia uma que tornou – se amiga de Tirce, de nome de Pisca-Pisca, porque a borboleta gigante todas as vezes que chegava ao jardim, incrivelmente se acendia como um vaga-lume. A menininha aprendeu na escola que as borboletas só viviam no máximo nove meses, e de posse dessa informação de repente ela fica triste. Dona Neuse, sua mãe começou a pensar na mãe de Tirce, que só teve a filha por exatamente NOVE meses dentro de seu ventre. Da mesma forma, a tão falada borboleta também só iria conviver com a garotinha das tranças por NOVE meses, lembrou-se também que Tirce faria NOVE anos. Essa teia que envolvia esse número mexeu muito com Dona Neuse. Coincidência ou não, a casa amarela onde eles moravam também tinha o NÚMERO NOVE na fachada. A borboleta dá uns conselhos para a menina, sobre o destino que cada um tem na vida, do tempo aqui na terra, já definido, mesmo que achemos curto, que o importante é aproveitarmos intensamente cada instante que temos com quem amamos e vivermos o hoje, o agora plenamente como se amanhã não fosse acontecer.etc. Uma certa tarde durante um passeio coincidentemente passaram pela praça onde há oito anos se onze meses atrás encontraram a falante menina.Tirce desceu e saiu correndo para admirar e cheirar as viçosas e coloridas flores do jardim. E para sua surpresa os seus três mosqueteiros lá estavam Ligeirinho, Azulão e Sobe e Desce que começaram a sobrevoar a cabecinha de Tirce, e pousaram nas suas trancinhas como faziam cotidianamente lá no seu e jardim. Seus pais ficaram surpresos, olhando-se e rindo meio que bobos com aquela cena nada comum… Em um banco daquela emblemática praça estava uma mulher sentada, chorando e assim que viu a cena da garotinha com os beija-flores ficou impressionada e muito curiosa, pois ela jamais tinha visto coisa igual: beija-flores domesticados. Pisca-Pisca surgiu por trás de uma roseira, passou por Tirce e seu pais e foi até a mulher que chorava e pousou no seu ombro. A senhora em conversa com o casal, comenta que vem a praça todos os dias há oito anos e onze meses, sua filha foi sequstrada .O casal de militares sabia que teria que fazer a coisa certa e fez. Chega o dia do aniversário de NOVE anos, e Tirce ganhou uma lindíssima festa feita por sua mãe de sangue. A amizade entre a mãe de sangue e os pais adotivos foi crescendo dia após dia. O casal adotou uma cativante criança, dando um irmãozinho para Tirce,que radiante, tornou-se mais feliz, presenteada agora com duas famílias, dois jardins e, sobretudo por ter novas borboletas coloridas nas suas janelas. As duas famílias tornaram-se unidas em um só propósito que era dar amor aos seus filhos independentes das cores das suas peles. Quanto à borboleta Pisca-Pisca cumpriu seu ciclo de vida .Davi ao longo de suas reflexões sobre a adoção de filhos mostra o que há de mais sublime na consolidação de uma adoção – o amor- um alento que conforta. Este é um livro para ser lido com os olhos do coração. Davi propõe uma revolução de afeto, dedicação, bondade, carinho e apego através do definido desígnio de amar e se fazer amar, como pai e como mãe. Davi faz nos refletir que adotar é uma atitude que se deve restaurar como uma infindável promessa de amor a cada dia.