Livro: "O Papado é o Anticristo: Uma demonstração"

Quando se pensa em “discordar da Confissão de Fé de Westminster (CFW)”, mesmos entre aqueles que juraram subscrevê-la (mas, não a subscrevem de fato) ou, até mesmo, de entre os que defendem a subscrição confessional, o ponto, frequentemente, suscitado é o fato de a CFW, claramente, afirma que o papado ou o papa é o anticristo (CFW XXV.6). Por alguns motivos, essa afirmação passou a ser incômoda aos ouvidos de nossa geração – embora não tenha sido aos pré-reformadores (inclusive, teólogos na Idade Média), reformadores, puritanos e presbiterianos durante séculos. Essa a profissão presbiteriana foi mudada (formalmente), apenas, no início do século XX (1903), com a mudança, sob influência liberal, promovida pela PCUSA (Presbyterian Church United States of the American).
Wylie foi um ministro do evangelho, presbiteriano, atuante na Escócia e historiador da Igreja. Assim, ele uniu habilidade exegética com seu conhecimento histórico para nos mostrar que romanismo (catolicismo romano ou papismo) não é cristianismo; e seu Cabeça, o papa, que toma para si e concentra em si mesmo títulos de cada Pessoa da Trindade (Santo Padre/Santo Pai; Cabeça da Igreja/Cristo; Vigário ou substituto de Cristo na terra/o Espírito), esse é o Anticristo. Com suas doutrinas, o Papado/romanismo afasta os homens de Cristo enganando-os com e apresentando a eles como mediador um falso cristo.
Wylie não expõe a apostasia de todo o sistema doutrinário romano, porém, enfatizando o seu cabeça (o papa) e, pontualmente, mencionando, aqui e acolá, as demais doutrinas, nos dá a convicção exegética e histórica de que o papado é o anticristo. É com essa convicção que Wylie diz, no último capítulo: “Estaremos cegos, de fato, se não pudermos encontrar o modelo original do retrato de Paulo” e esse modelo é o papado e o retrato pintado é 2 Tessalonicenses 2.3-12.