Livro: "O Umbigo de Jean Jacques Rousseau"

SINOPSE:

A participação de Humberto Henriques no gênero literário da dramaturgia, ou simplesmente na Arte do Teatro, é relativamente pequena quando comparada à sua produção maciça em outros gêneros, como ocorre com a poesia, o romance e o conto. Desses 363 já publicados pela amazon.com/kindle, apenas 3 deles trazem a dramaturgia como qualidade e quantidade. Sabido é que o autor está quase pronto para publicar um quarto volume. Talvez um pouco mais brando em termos de argumentação linguística, que esses, os primeiros, são verdadeiras obras de impacto, à moda de Henrik Ibsen. Em seus dramas e comédias, ou a associação de ambos, o dramaturgo não faz concessões e apresenta personagens deturpadas que precisam ser estudadas mais a fundo, mesmo depois de uma dessas peças ser encenada e reencenada. Nesse ponto, deve entrar com suas armas a análise literária e comportamental, fator que vai demandar equipe multidisciplinar, já que a utilização da filosofia e da Psicanálise não pode ser relegada em obras de um autor como esse. Estamos tratando de teatro em seu âmago. Estamos falando também de um modelo social estragado, um que deveria ser proposto para a extinção. Talvez seja esta busca de um mundo mais limpo, esta tentativa de elucidação das almas e de como funcionam os arquétipos do poder, talvez tenha sido isso que moveu o dramaturgo a considerar esse tipo de título para o seu livro, a sua peça de teatro. Esse livro trata de uma visão política do mundo em que se vive em dias de hoje. Nada mais que isso. Ditando tais considerações, o escritor percebe que as almas desses homens que lidam com o poder e suas ambições podem ser analisadas a partir de um movimento continuado desse mundo como um todo. Diante desse artefato, a situação externa de cada criatura que se fez personagem acaba por interagir com seu mundo mais íntimo e saltam aos olhos as deficiências de caráter e outras demais animosidades que os espíritos precisam inventar para levar avante esse tabloide que se chama existência. É por isso que quando se fala e Psicanálise e Filosofia, ambas as vertentes do pensamento utilizadas de forma ampla pelo escritor, tal menção se refere exatamente ao arcabouço do enredo, do entrecho e da dimensão dessa obra ímpar. Sem a utilização desse conhecimento e de suas bases, jamais seria possível que se criasse uma obra com tamanha dimensão, com tamanha veracidade. Mais um texto pronto para ser encenado. Esse é o fato. Humberto Henriques, em todas as suas parcas três peças escritas todas as três já publicadas pela amazon.com/kindle, já apresenta os textos em ponto de bala, como se diz por aí, prontos para serem encenados. A marca principal dessas peças é a qualidade inexorável da personalidade de cada criatura que ganha vida e desfila aos olhos do espectador. São personagens fortes, advindas de uma experiência muito interior em vida do dramaturgo. Para se chegar a uma criação desse porte, necessário que se tenha o ritmo do conhecimento e a detenção da capacidade de ampliação de valores. A dizer de outro modo, a deformidade sempre é necessária em qualquer peça de teatro. Senão, a fotografia simples impera, em vez de uma situação impressionista – ou de qualquer outro caráter – que seria capaz de gerar o grande poder de entendimento por parte de um público que entende o aviltamento desse mundo por parte de muitos e seus integrantes. Pois que, a vida é deveras um exagero. Esse exagero é que surge à flor do drama e exalta a parte cômica que nele se deflagra, par e passo. Da mesma forma que seria em Gargantua & Pantagruel; muitas vezes em algum experimento de Giovanni Bocaccio, no Decamerão, esse exagero conduz o fio da meada e empresta ao mundo a dissolução do caráter simples para a apresentação da deformidade. Em alguns casos, isso pode ser chamado de tara. Aqui, a deformação maior se encontra nas personagens que são as detentoras do poder. O poder político, esse mundaréu de porcaria que não tem como ser analisado de outra maneira, a não ser pela

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