SINOPSE:
Escrevi este livro no inverno de Michigan, entre 1984/85, onde residi por algum tempo. Não consegui terminar. Como escrevo compulsivamente, no ano passado fui tomado pela vontade de escrever mais uma novela. Então, ao remexer meu antigo baú, encontrei aquela pasta azul de capa dura, pálida, quietinha, envelhecida, desprezada. Comecei a lê-la e, algumas frases depois, percebi que meu estilo havia mudado muito pouco, desde então. E, por fim, com a nova tecnologia dos livros digitais, não vacilei em transformá-lo em e-book e em livro impresso sob demanda.Mas, como o livro mesmo inacabado estava longo, cortei tudo o que me pareceu excessivo, agindo com implacável autocrítica. Espero que seja apreciado pelos cem leitores aos quais Voltaire se referiu – em pleno século XVIII – quando falou de sua expectativa de ser lido. O argumento do livro é a vida universitária de um grupo de amigos, que se expressam com a linguagem típica do período de maior irreverência e excitação de suas vidas: a juventude, em um tempo em que não havia o constrangimento do politicamente correto. A primeira metade dos anos 70 pode ser caracterizada como um momento histórico singular: seja pela angústia da incerteza, seja pela censura ou pelo milagre econômico. Espero que o leitor que viveu esse período da nossa história possa identificar nos diálogos o espírito da época, a razão por que num determinado momento as preocupações humanas são de um tipo e não de outro. Afora isso, minha intenção foi divertir o leitor e fazê-lo penetrar nessa selva chamada espírito humano, que é a função maior da literatura.Como, presentemente, alguns grupos tratam de se apoderar dos acontecimentos daquele período, com suas visões obliteradas pelo proveito político de se apossar da história, meu depoimento vai em direção contrária à corrente que está nos levando ao ponto de crise que já vivemos no passado, mas que foi esquecida pela terrível mistificação que se apossou do Brasil com a finalidade de criar versões ridículas e distorcidas da realidade. Estamos vivendo uma época em que não se reconhece que o fracasso daquele regime dos anos 70 criou o regime atual, que por sua vez está fracassando exatamente por cometer os mesmos erros do “ancien régime”, não obstante parte considerável da Nação afirmar que só sairemos da crise se retornarmos ao regime do passado. Então, ficamos assim: um fracasso gera um novo período político, que se transforma em fracasso, que aspira ao retorno do velho fracasso. Se, como cantava Nelson Gonçalves a canção de Mário Lago, o fracasso é não poder se esquecer de um amor, no nosso caso, a falsa solução da crise virá exatamente pelo esquecimento: “fracasso por compreender que devo esquecer / fracasso porque já sei que não esquecerei / fracasso, fracasso, fracasso, fracasso afinal / por te querer tanto bem e me fazer tanto mal”. Até quando vamos nos fazer tanto mal por absoluta amnésia do passado?
Abril 2013
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