Livro: "OS PRESBÍTEROS NOMEADOS PELOS APÓSTOLOS"

Escreve o autor sobre os presbíteros na igreja: “O conceito atual de pastores está muito distante do pensamento de Deus. O pensamento de Deus era que homens escolhidos dentre os irmãos da igreja local fossem os que pastoreassem o rebanho. O trabalho de presidir, ensinar e apascentar a igreja é o dever especial dos presbíteros e não depende de um só homem em nenhuma igreja do Novo Testamento. Ter pastores numa igreja é bíblico, mas o presente sistema pastoral não é bíblico, mas sim uma invenção do homem. Nas Escrituras vemos que sempre há mais de um presbítero ou bispo (palavras sinônimas – nota do tradutor) numa igreja local. Não é a vontade de Deus que um crente seja separado de todos os demais para ocupar um lugar de proeminência especial, enquanto que os outros se sujeitem passivamente a sua vontade. Se a administração de toda a igreja recai só sobre um homem, quão fácil é que ele se ensoberbeça, estimando-se sobremaneira e reprimindo aos outros irmãos. Deus ordenou que vários irmãos compartilhem juntamente a obra da igreja, a fim de que não possa apenas uma pessoa administrar as coisas segundo seu próprio capricho, tratando a igreja como sua possessão especial e deixando impressa sua personalidade sobre toda a vida e obra dessa igreja. Por a responsabilidade nas mãos de vários homens em vez de por nas mãos de apenas um indivíduo é a maneira de Deus para salvaguardar sua igreja contra os males que resultam do domínio de uma forte personalidade. O propósito de Deus é que vários irmãos juntamente tomem a responsabilidade na igreja, de modo que, ainda que no controle dos assuntos da mesma, eles tenham que depender uns dos outros e submeter-se uns aos outros. Assim que, de fato, eles descobrirão o significado de tomar a cruz e terão a oportunidade de dar expressão prática ao corpo de Cristo, ao se honrarem uns aos outros e recomendarem uns aos outros à direção do Espírito, não ocupando ninguém o lugar da cabeça, senão que considerando cada um aos outros como membros igualmente necessários, de modo que o elemento de mutualidade, que é a característica peculiar da igreja, seja preservado”. Estas páginas a seguir contribuem muito para que, se preciso, muitos irmãos meditem sobre quão longe ou perto estão dos pensamentos de Deus sobre a sua igreja. Que o Senhor restaure, dia a dia, sua igreja.