Livro: "Palavras que nunca falei: Conversas com personalidades da música e cultura pop"

Muse, Blur, Garbage, Culture Club, Mogwai, Pavement, Kevin Spacey e muitos outros conversam com o jornalista Luciano Vianna em entrevistas exclusivas compiladas no livro Palavras Que Nunca Escrevi. Eu sempre me considerei muito sortudo por estar no lugar certo, na hora certa. Eu estava na Europa quando a Princesa Diana morreu e pude acompanhar o enterro dela em primeira mão em Londres. Eu estava no show do Pavement quando Stephen Malkmus mostrou algemas presas ao pedestal do microfone e disse que era o último show da banda porque se sentia algemado a ela. Eu vi a estréia de uma banda islandesa, ainda completamente desconhecida, tocando em Londres na sala de catequese de uma igreja. Era o Sigur Rós. Eu vi Coldpay tocar no D.A. de uma universidade londrina pra quase ninguém. Eu jantei com Paul McCartney um dia antes de ser um dos dois únicos sul-americanos a assistir ao show do eterno baixista do Beatles no Cavern Club. Eu já fui em festa de aniversário de Spice Girls, vi a lenda Robert Fripp tocar pra mim e mais algumas dezenas de pessoas numa festa de Natal da Virgin e comandar o Quiz que dava prêmios na noite como shows exclusivos na sala de casa e viagens pelo mundo (sim, peguei ainda o finzinho da época de vacas gordas das gravadoras). Já voei no avião do Iron Maiden e fui ver a banda em 09.09.1999 em Paris no primeiro show da volta de Bruce Dickson e depois fiquei bêbado com Dave Mustaine (lenda ex-Metallica e Megadeth, que fez o show de abertura) na after party. Já ouvi o Yellow Submarine ao lado de George Martin em Abbey Road, uma emoção indescritível ver ainda o brilho nos olhos daquele que criou todas aquelas orquestrações maravilhosas dos Beatles, entre muitas outras histórias maravilhosas. Um pouco disso eu conto aqui, em algumas entrevistas feitas por mim entre 1998 e 2001 com nomes da nossa cultura pop que mostram a história desses anos tão marcantes, uma mudança de século onde praticamente não existia a internet como meio de consumo, onde o Napster e o Soulseek dominavam, não existia Spotify nem Netflix e o mundo era muito mais charmoso e romântico. SOBRE O AUTOR: Luciano Vianna é jornalista, escritor e podcaster com passagem pelos principais veículos de imprensa do Brasil, como os Jornais O Dia, Globo, Folha de São Paulo e Jornal do Brasil, entre outros, além de ter sido correspondente da Revista Bizz na Europa por três anos, morando em Londres. Criador do portal de Cultura Pop London Burning e da revista Laboratório Pop e sempre cobrindo cultura pop e música, ele tem centenas de entrevistas, milhares de shows e dezenas de festivais de música em todo o mundo no currículo.