Livro: "Princípio da equivalência de massas: A gravidade não é uma força?"

Na literatura científica encontramos duas definições distintas de massa, uma para a massa obtida a partir de interações de ordem gravitacional, chamada de “massa gravitacional”, e outra para a massa obtida a partir de interações mecânicas cotidianas, como por exemplo, aplicar uma força a um objeto e empurrá-lo, chamada de “massa inercial”.
Newton alegava que essas massas poderiam ser equivalentes e essa proposta ficou conhecida como “o princípio da equivalência de massas”.
Anos mais tarde, esta ideia foi utilizada por Einstein como ponto de partida da relatividade geral, tomando por hipótese que nenhum experimento permitiria distinguir se um corpo está submetido a uma aceleração ou a um campo gravitacional.
Por mais acertada que seja esta conclusão, ela é normalmente utilizada como argumento de uma proposição que é minimamente estranha: que a gravidade não seria uma força. E a evolução da discussão levou muitos à conclusão (inclusive Einstein) de que os fenômenos gravitacionais seriam resultado de uma suposta curvatura do espaço-tempo, o que tem ainda por consequência que a gravidade seria um efeito “não-causal”, ou seja, um efeito em que a aceleração de objetos não seria resultante da aplicação de uma força, o que viola a Primeira Lei de Newton.
Mas voltando para o começo de tudo, será verdade que a gravidade não é mesmo uma força?
O objetivo deste trabalho é demonstrar que é possível ao menos uma teoria capaz de explicar os aparentemente estranhos fenômenos observados por meio do princípio da equivalência de massas sem que seja necessário abandonar o domínio clássico (ou causal). O questão, segundo o autor, é apenas explicar porque a força gravitacional não pode ser por nós percebida e não negar que a gravidade seja uma força.