Livro: "Projetos Escolares – Educação Infantil: Edição 32"

Olá, queridos educador e leitor. Assim como acontece no primeiro dia de aula, deixe que eu me apresente: sou Fernanda Montano, jornalista apaixonada por crianças e educação e, a partir desta edição, estarei à frente da Projetos Escolares Educação Infantil, caminhando com você em busca de idéias que enriqueçam o dia-a-dia dos pequenos na escola, em casa e na vida. Ao escrever este editorial, fiquei pensando no papel do professor de Educação Infantil. Em meio a idéias e pensamentos, lembrei-me de uma frase que, para mim, chega bem perto de uma conclusão razoável: não desperdice a oportunidade de fazer diferença no mundo. Você, educador, tem essa chance todos os dias em suas mãos. Afinal, se alguma coisa neste mundo ainda pode mudar, quem fará isso acontecer? A resposta você já sabe: as crianças. Pode parecer clichê a afirmação de que elas são o futuro do Brasil (e do mundo), mas é a mais pura verdade. A escola é a segunda casa (em alguns casos, até a primeira) das crianças, é o lugar onde elas aprenderão quem são e quem podem ser, é ali que receberão as ferramentas necessárias para ultrapassar os obstáculos da vida, aprenderão a conviver com o outro e, o mais importante, formarão seu caráter. Esta identidade que elas criarão no ambiente escolar determinará o adulto que elas serão e, portanto, designará como será a sociedade do futuro. Fazer diferença na educação e na vida destas crianças significa, então, fazer diferença no mundo. Não pense que você é apenas um e, por isso, não tem esse poder. Certa vez, li uma história (“O Jovem e a Estrela-do-Mar”) que ilustra bem o que quero dizer. Um homem passeava pela praia quando avistou um jovem que pegava estrelas-do-mar na areia e as devolvia à água. Quando lhe perguntou o que estava fazendo, o jovem respondeu que a maré estava baixando e, se não fizesse isso, as estrelas iriam morrer. O homem disse a ele que isso de nada adiantaria, pois havia vários quilômetros de areias cobertas de estrelas-do-mar, e a sua atitude não faria a menor diferença. O jovem devolveu mais uma estrela ao oceano, e respondeu: “Fiz diferença para essa aí”. Reflita a partir desta passagem e imagine seu papel como educador. Se cada professor pensar como o jovem da história, teremos, ao menos, uma criança com um futuro mais promissor. Aproveite as idéias desta edição e comece já a mudar o futuro do País e – por que não? – do mundo.