Livro: "reportagens em carne viva com calda de chocolate: reportagens de Renan Antunes de Oliveira"

O livro é uma coletânea de reportagens do grande jornalista brasileiro Renan Antunes de Oliveira. Além das reportagens o livro trás um pouco de sua trajetória profissional e dados biográficos. O jornalista trabalhou para muitos veículos de mídia impressa e na web para grandes e pequenas empresas entre elas o Jornal Já, Estadão, Diarinho de Itajaí, Folha, Globo, JB, Istoé, Veja, Jornal de Brasília, Gazeta do Povo (PR), Diário Catarinense (SC), Correio do Povo (RS), Coojornal, Brio Stories, Agência Pública, DCM. Um dos prêmios mais importantes do jornalismo nacional, o Prêmio Esso, ele recebeu por uma reportagem feita para um pequeno jornal de Porto Alegre no Rio Grande do Sul. O autor responde para quem estranhar o título: – De onde tirei o título? Angelina, minha filha de 11 anos, leu o copião e disse que só tinha desgraça, morte, assassinato, sangue. Parei pra pensar. Aí, meti algumas coisas menos dramáticas. Resultado: continua em carne viva, mas pelo menos com calda de chocolate.O editor Elmar Bones faz uma apresentação do nosso jornalista:Renan Antunes de Oliveira, Nanã para os íntimos, é o melhor e o pior repórter que um editor pode desejar.Melhor porque ele vai e traz. A assessoria, o leão de chácara, o chefe de gabinete, guardinha na porta, o carcereiro, nada é uma barreira intransponível quando ele está atrás de uma boa história. Não hesita sequer, quando necessário, em recorrer a expedientes não convencionais. Ele traz a mercadoria.Certa manhã ele apareceu no jornal JÁ. Fomos tomar um café na Lancheria do Parque. Mostrei-lhe um recorte do maior jornal local, Zero Hora, com a notícia de um garoto que havia se jogado do nono andar, depois de uma briga com o pai.Desdenhou. Amassou o papel e o deixou sobre a mesa.Duas semanas depois apareceu com a história completa e uma fotógrafa que era amiga da vítima e tinha todas as fotografias.A reportagem ganhou o Prêmio Esso. Foi a primeira vez que um jornal fora de Rio-São Paulo-Brasília ganhou um Prêmio Esso, na época o mais importante da imprensa brasileira.Esse é o Nanã.Por que digo que ele também é o pior repórter que um editor pode desejar? Porque ele é uma força da natureza, incontrolável, incorrigível e porque acha, muitas vezes com razão, que cada vírgula do seu texto é uma construção irretocável.Para o editor é um inferno.Elmar Bones