Este livreto aborda a problemática da representatividade, tomando como base a existência de uma apatia e uma baixa identificação da população com atores e espaços políticos. Uma situação que compõe cenários sofisticados de apagamento da corporeidade e intelectualidade de algumas identidades em espaços de decisão e exercício de poder. Ao mesmo tempo, essa pauta traz reflexões sobre as imagens e autoimagens produzidas socialmente. Processos, portanto, que fabricam sujeitos válidos e (in)válidos no reconhecimento e na redistribuição dos direitos, públicos e universais. Para além do seu caráter conceitual, o que nos interessa é refletir sobre os efeitos e sentidos que estão em jogo, já que nos interrogam, por exemplo, sobre a recorrência de oprimidos serem representados por seus opressores; das populações mais empobrecidas serem consideradas como irracionais e sem consciência; da pauta ter se tornado um mecanismo importante para alcançar direitos sociais. De maneira geral, este é um convite para continuidade da conversa, olhando para os movimentos sociais contemporâneos e alguns dilemas de nosso tempo.
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