Suponha que magoe, ofenda ou enganou outra pessoa. Confrontado com a possibilidade de sanção, pode dizer-se que qualquer um dos seguintes, numa tentativa de evitar a culpa: “Não pude evitar”. “Alguém me obrigou a fazê-lo.” “Não tive escolha.” “Era inevitável.” “Não havia outra opção.” Há uma leitura natural de tais defesas em que apelam ao princípio no centro desta entrada, o “Princípio das Possibilidades Alternativas” (cp. Frankfurt 1969):Princípio das Possibilidades Alternativas : uma pessoa é moralmente responsável pelo que fez apenas se pudesse ter feito o contrário.Embora a sua forma e interpretação precisas tenham variado, este princípio tem beneficiado de um amplo apoio na história da filosofia. era um padrão – mesmo que não universal – pressuposto do pensamento grego, medieval e moderno (Irwin 1999: 225; Pasnau 2003: 226; Rowe 1987: 43). E até há cerca de cinquenta anos, era geralmente dado como certo por ambas as partes nos debates sobre se a responsabilidade moral é compatível com o determinismo.
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Autor: Arnaldo Valim
