Livro: "Século XXI e seus efeitos do rumo sem rumo: : sociedade do cansaço, colapso ambiental, Covid-19, estultícia e novo rumo"

O objetivo do livro é descrever e analisar traços do século XXI e apontar alguns de seus efeitos do rumo sem rumo da lógica do capital e do mercado do mundo globalizado, como a sociedade do cansaço, os impactos do colapso ambiental, a covid-19, a era da estultícia ou ignorância e sinalizar rumos de um novo rumo à humanidade. Parece que a ausência de profundidade, o apego frenético aos bens materiais e o vazio existencial profundo são as categorias que melhor caracterizam o homem atual nas primeiras décadas do século XXI. Assim, a marca registrada da sociedade pós-moderna é a fadiga, a violência psíquica, neural e social, a rejeição do outro, a contínua necessidade da performance pessoal, sexual, física, profissional e produtiva, a superprodução de bens e serviços ao capital sem rumo. Tudo isso leva o homem pós-moderno ao esgotamento, exaustão e sufocamento. Diante desse cenário, que pode ser considerado, de um lado, catastrófico, apocalíptico e deprimente, mas, de outro, realista, fenomenológico e atual, se a humanidade continuar nesse rumo, ou seja, na direção da devastação e degradação ambiental, de solos, fontes de água, rios, mares, oceanos, degelos de montanhas, no caminho depredatório dos recursos finitos do nosso planeta, na prática mercadológica da produção, circulação e descarte das coisas e no uso excessivo e ilegal de herbicidas, pesticidas, fungicidas e agroquímicos nas lavouras da agricultura de precisão, o tédio e o cansaço são inevitáveis. Ainda, se permanecer o estilo de vida consumista, sedentário e fast food, a era do algoritmo controlado por algumas empresas de comunicação, a era da depressão, do suicídio e do fenômeno da hiperatividade, caracterizado pelo transtorno do déficit de atenção (TDA) e pela síndrome de burnout, da obesidade mórbida, das doenças cardiovasculares que matam cerca de 350 mil brasileiros todos os anos, o retorno gradativo do modelo sociopolítico do século XX do paradigma imunológico de bactérias e vírus, como a varíola e o sarampo, e do aumento, desconhecimento e descontrole da síndrome respiratória aguda grave (SARS), como a COVID-19, estamos caminhando para a autodestruição total, que é o rumo sem rumo, mas é rumo do aniquilamento da vida na biosfera. Para dar conta desse contexto do rumo sem rumo do século XXI, organizamos o texto em cinco capítulos. No primeiro, intitulado Sociedade do cansaço, apresentamos algumas ideias do livro Sociedade do cansaço, do pensador coreano Byung-Chul Han. No segundo, Rumo ao sem rumo no século XXI, descrevemos alguns efeitos do rumo sem rumo do capital, da sociedade do cansaço, por meio do consumo, da coisificação da pessoa, do vazio existencial, da necessidade da humanidade enfrentar vários colapsos, a maioria consequências da reação do superorganismos da Terra viva, da Gaia, que resiste, mas contra-ataca com sinais, como a degradação ambiental, aquecimento global e Covid-19. No terceiro, O Coronavírus Covid-19, um resultado do rumo sem rumo e uma das principais consequências da ação antrópica, analisamos o rastro deixado pela sindemia de milhares de mortes humanas, questionando os cânones da ciência e as pesquisas na área sanitária, na qual a humanidade não estava preparada. No quarto capítulo, Era da estultícia no século XXI, destacamos a atitude de uma pessoa agir indevidamente, estultamente, capaz de distorcer, grotescamente, fatos e acontecimentos históricos, científicos e filosóficos. No quinto e último, Seis caminhos para um novo rumo, apontamos saídas para superar o rumo sem rumo da sociedade do cansaço e do capital, por meio da Agenda 2030, a Encíclica “Sobre o cuidado da Casa Comum”, do Papa Francisco, o Acordo de Paris, o Discurso de Leonardo DiCaprio na abertura da Cúpula do Clima das Nações Unidas, 2014, o Discurso de Greta Thunberg na Cúpula do Clima em New York e o Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, em 2021.